Acordo sobre Fundo de Estabilidade Europeu deve ser definido na quarta-feira
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmaram nesse domingo, que “um amplo acordo começa a tomar forma” sobre o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Os dois dirigentes se declararam determinados a chegar a um acordo na quarta-feira.
Publicado em: Modificado em:
Os dirigentes europeus se reuniram nesse domingo, em Bruxelas, antes de uma nova reunião na quarta-feira, para encontrar soluções para a crise da dívida. O reforço do FEEF é fonte de divergências entre Paris e Berlim.
“Não chegamos a decisões hoje, mas fizemos preparativos importantes para quarta-feira”, disse Merkel. Os dois dirigentes se declararam determinados a chegar a um “acordo global, ambicioso e durável” quarta-feira, para evitar que a Espanha e a Itália sejam contaminadas pela crise. A chanceler alemã pediu a Roma que reduzisse “de maneira confiável” sua dívida, que chega a 120% do PIB do país.
Segundo Angela Merkel, as opções que serão consideradas a partir de agora para reforçar o FEEF, não envolvem o Banco Central Europeo (BCE), já que poderiam contrariar os tratados existentes. “Os ministros de Finaças (europeus) examinaram modelos no sábado que não incluem a participação do Banco Central Europeu, já que isso não é permitido pelos tratados”, disse a chanceler alemã durante uma conferência de imprensa conjunta com o presidente francês. A França se inclinava a permitir o FEEF a pedir crédito ao BCE.
Nicolas Sarkozy afirmou que o Banco Central é “independente”. “Não cabe aos chefes de estado e de governo dar qualquer instrução ao BCE”, concluiu.
Em relação à captalização dos bancos, o presidente francês afirmou que os trabalhos avançam bem, mas os dois dirigentes não deram mais detalhes sobre as soluções que devem ser apresentadas.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro