Premiê eleita da Dinamarca inicia diálogo para formar coalizão
Depois de sua vitória nas eleições legislativas na Dinamarca, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt começou os preparativos para formar um governo de centro-esquerda. Pela primeira vez na história do país, uma mulher será chefe do governo.
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Thorning-Schmidt afirmou, nessa sexta-feira, que dos quatro partidos que constituem o bloco da esquerda, três serão chamados à formar o governo: os social-democratas, os socialistas e os social-liberais, afastando o partido de extrema-esquerda. Segundo os resultados oficiais, o bloco de esquerda vai ocupar 92 das 179 cadeiras do parlamento dinamarquês, contra 87 do bloco de direita de Rasmussen.
A esquerda venceu as eleições legislativas realizadas nesta quinta-feira, pondo fim a 10 anos de dominação da coalizão de direita e extrema-direita. Thorning-Schimidt, de 44 anos, deve ser designada primeira-ministra pela rainha Margrethe Segunda.
O ex-primeiro-ministro Lars Loekke Rasussen, líder do bloco de direita, entregou nessa sexta sua demissão à rainha, que deve convocar Thorning-Schmidt para formar o novo governo. Ela será a primeira mulher a dirigir o país na história do reino da Dinamarca, que atravessa uma crise econômica. O país evitou por pouco uma volta à recessão, registrando um crescimento de 1% no segundo trimestre.
Diante da austeridade, defendida pela direita, a coalizão de esquerda prometeu, ao contrário, estimular a economia através de gastos orçamentários, prometendo um investimento de quase 18 bilhões de coroas dinamarquesas (2,41 bilhões de euros).
A imprensa dinamarquesa saudou, nessa sexta, a performance de Thorning-Schmidt que considerou uma vitória das mulheres. “Vitória de uma mulher!”, “A primeira”, “A conquistadora”, destacavam as manchetes.
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