Caso Strauss-Kahn: tribunal anuncia hoje se arquiva processo por abuso sexual

O Tribunal de Bronx deve anunciar, ainda nesta sexta-feira, se arquiva ou não o processo civil de abuso sexual contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele é processado desde o ano passado pela camareira guineana Nafissatou Diallo, que trabalhava no hotel Sofitel de Nova York. A defesa alega que DSK teria imunidade diplomática e, por isso, poderia escapar da acusação.

Imagem recente de Dominique Strauss-Kahn mostra o ex-diretor do FMI votando no primeiro turno das eleições presidenciais francesas. Reuters

O desfecho do caso Strauss-Kahn está próximo de ser anunciado. A declaração deve ser feita hoje pelo juiz Douglas McKeon, do Tribunal de Bronx. O pedido de arquivamento foi encabeçado pela equipe de defesa de Dominique Strauss-Kahn em uma audiência no dia 28 de março deste ano. Segundo os advogados, ele não poderia ser processado uma vez que na época dos fatos contava com imunidade absoluta garantida pelo cargo de diretor-gerente do FMI.

No final do mês de março, o juiz Douglas McKeon, de 63 anos, declarou que essa imunidade só poderia ser aplicada se o ex-diretor estivesse no exercício de sua função. A equipe de acusação lembrou que a convenção que legitima essa imunidade não foi ratificada pelos Estados Unidos, e a agressão teria acontecido fora de um contexto de trabalho.

A camareira Nafissatou Diallo acusa Strauss-Kahn por abuso sexual. Ela afirma ter sido forçada a realizar sexo oral no ex-diretor do FMI, em 14 de maio do ano passado. Ele, por sua vez, reconhece ter tido uma relação sexual "inapropriada" com a camareira, mas nega que houve violência e constrangimento.

Com a colaboração de Murilo Salviano.