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França/Aposentadoria

Passeatas atraem menos manifestantes

Nem a chuva desanimou os manifestantes que foram hoje às ruas de Paris pela oitava vez desde setembro para protestar contra a reforma da aposentadoria. Apesar de o texto já ter sido aprovado e estar prestes a ser promulgado, os sindicatos ainda acreditam na pressão social. O número de franceses nas passeatas deste sábado, porém,  foi menor.

Manifestantes protestam contra a reforma aposentadoria em Paris.
Manifestantes protestam contra a reforma aposentadoria em Paris. Reuters
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A central sindical CGT calcula que 1,2 milhão de franceses em todo país participaram das 241 passeatas organizadas pelos sindicatos nesse sábado. Para o Ministério do Interior, contudo, essa cifra é bem mais modesta. Os números oficiais indicam apenas 375 mil pessoas em toda a França.

Para o secretário-geral da CGT, Bernard Thibault, o recuo no número de manifestantes não deve ser visto como razão para desânimo. «Haverá outras manifestações. Sempre dissemos que a CGT iria até o fim », declarou Thibault em um entrevista publicada na edição desse sábado no jornal « L’Humanité ».

Mas, por enquanto, os sindicatos CGT-CFDT-CFTC-CFE/CGC-UNSA-FSU-Solidaires ainda não se decidiram sobre a continuidade do movimento. Provavelmente, uma nova mobilização nacional deverá ser marcada para a semana de 22 a 26 de novembro. Para o líder da CGT, é preciso aproveitar o entusiasmo popular e organizar outros protestos. Ele defende ações descentralizadas e criativas.

Já o Partido Socialista investe na pressão nas instâncias jurídicas. O partido encaminhou um recurso contra a reforma da aposentadoria ao Conselho Constitucional. O órgão deve dar seu parecer até o dia 2 de dezembro.

Sonho distante

O sindicato FO declara estar descontente com os rumos do movimento. Para seu secretário-geral, Jean-Claude Mailly, as grandes centrais sindicais são culpadas pela queda do número de manifestantes nesse sábado. Mais do que passeatas, a FO defende a continuação das ondas de greve.

Já a CFDT parece não acreditar mais na vitória na mobilização sindical sobre o projeto da reforma da aposentadoria que prevê, entre outras coisas, o aumento da idade mínima para se aposentar de 60 para 62 anos. Na avaliação do líder do sindicato, François Chérèque, esperar que o presidente Nicolas Sarkozy desista da reforma é um « sonho ». Talvez, avalia, seja preciso expandir a lista de reivindicações para a questão do alto índice de desemprego entre os jovens e a melhoria das condições de trabalho.

 

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