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França/ Aposentadoria

Governo acelera reforma da aposentadoria e sindicatos convocam greve

O governo francês começa a revelar em doses homeopáticas os detalhes da polêmica reforma do sistema da aposentadoria. Segundo o ministro do Trabalho, Eric Woerth, a idade mínima para se aposentar por idade, hoje de 60 anos, vai mesmo aumentar. Contrariados, os sindicatos convocaram uma greve para esta quinta-feira.

Faixa de protesto pede aposentadoria aos 55 anos.
Faixa de protesto pede aposentadoria aos 55 anos. AFP/Frédérick Florin
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A reforma entrará em vigor em 2011 e será progressiva. A idade mínima para solicitar o benefício pode chegar a 63 anos em 2025. O governo garante que nada ainda está decidido e que ele também estuda a possibilidade de aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores, hoje, de 40 anos e meio. O ministro explica que a reforma, que será apresentada oficialmente no dia 15 ou 20 de junho, é uma opção lógica diante do aumento da esperança de vida da população e do déficit acumulado da previdência social que este ano deve atingir 32,2 bilhões de euros.

Na avaliação do governo, sem a reforma, será impossível continuar a pagar os benefícios. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a denunciar o ex-presidente François Mitterrand que, em 1982, reduziu para 60 anos a idade minima da aposentadoria. Sem essa decisão, a França, que é um dos países da Europa onde as pessoas podem se aposentar mais cedo, teria menos problemas hoje, disse o presidente francês.

Para a oposição, o governo toma uma medida ideológica, contrária ao progresso social e que irá penalizar principalmente os trabalhadores menos qualificados. Se ganhar as eleições presidenciais de 2012, o partido socialista promete reestabeler os 60 anos como idade mínima da aposentadoria.

Greve

Todas as centrais sindicais francesas convocaram para esta quinta-feira um dia de greve e de mobilizaçao contra a reforma. Segundo pesquisa de opinião publicada nesta quarta-feira, 53 por cento dos franceses acham que o atual sistema pode continuar.
A SNCF, companhia pública de trem, prevê que o trafego será afetado na quinta-feira, mas garantiu que 75% dos trens interregionais deverão circular.

 

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