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Acidente/Voo 447

Nova busca pelos destroços do voo AF447 termina sem novidades

A terceira fase de buscas pelos destroços e caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no oceano Atlântico quando fazia a rota entre o Rio de Janeiro e Paris há quase 1 ano,  terminou, sem sucesso,  nesta terça-feira. A BEA, agência que investiga as causas do acidente, não confirmou data para uma possível quarta fase de buscas.

Terceira fase de buscas deve terminar sem sucesso.
Terceira fase de buscas deve terminar sem sucesso. Reuters / Alexandre Severo
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Os investigadores da BEA, a Agência Francesa de Investigação e Análise para Segurança na Aviação Civil, devem concluir essa fase sem sucesso. Nem as caixas pretas nem novos destroços do avião foram encontrados, o que deixa ainda mais incerta uma conclusão oficial sobre as causas do acidente.

Segundo reportagem publicada hoje no jornal Le Figaro, o acidente com o voo 447 continua um mistério. Os epecialistas têm opiniões divergentes sobre o local onde estaria a carcaça do avião, o que explica por que a terceira fase de buscas terminou sem sucesso.

Para completar a confusão, Le Figaro revela que a Marinha francesa pode ter se enganado no anúncio feito no dia 6 de maio sobre a localização das caixas pretas do avião. Os sinais tratados durante meses por um programa de computador da Marinha como sendo das balizas do AF 447, e que geraram o novo perímetro de buscas mais ao sul da última posição conhecida do avião, seriam, na verdade, de caixas pretas usadas para um teste realizado no mar Mediterrâneo.

A Marinha nega qualquer engano. Admite ter triado os sinais sonoros do teste e sugere que os outros sinais detectados devem ser das caixas pretas do Airbus. Os oficiais ainda acusam a BEA de só ter passado 24 horas vasculhando o perímetro indicado.

Essas divergências esfriaram as relações entre a Marinha, subordinada ao Ministério da Defesa, e a agência, subordinada ao Ministério dos Transportes. A Marinha reafirma ter passado posições de busca corretas para a BEA, e diz que a agência não teria feito o esforço necessário para explorar essas áreas.

Segundo um porta-voz da Marinha, a BEA prefere dizer que houve um engano das Forças Armadas do que assumir que os sinais das caixas pretas do AF 447 foram captados, mas talvez nunca se saiba de onde eles vieram.
 

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