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França terá semana mais difícil de paralisação contra a reforma da Previdência, diz imprensa francesa

A imprensa francesa desta segunda-feira (6) destaca a mobilização social contra a reforma da Previdência na França. Uma greve geral foi convocada pelos principais sindicatos que prometem paralisar o país a partir de terça-feira (7). 

Manifestantes seguram bandeiras dos sindicatos durante uma manifestação contra o projeto de reforma previdenciária do governo francês em Nice, como parte de um dia de greve nacional e protestos na França, em 19 de janeiro de 2023.
Manifestantes seguram bandeiras dos sindicatos durante uma manifestação contra o projeto de reforma previdenciária do governo francês em Nice, como parte de um dia de greve nacional e protestos na França, em 19 de janeiro de 2023. REUTERS - ERIC GAILLARD
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"Uma semana dura à vista", diz a manchete do Le Parisien. Enquanto o texto das aposentadorias é analisado no Senado, após ter provocado discussões acaloradas entre os deputados na Assembleia Nacional, organizações sindicais esperam uma mobilização massiva e histórica.

Com refinarias e centrais elétricas já em greve, o governo francês começa a temer um bloqueio total do país, após o anúncio de que os caminhoneiros se uniram ao movimento. Escolas e transportes públicos já informaram que aderem à greve.

"Os franceses sabem que os próximos dias serão complicados", diz o editorial do Le Parisien, que traz testemunhos de parisienses que explicam como pretendem chegar ao trabalho na terça-feira e nos dias seguintes, porque a paralisação deve ser reconduzida. Na falta de metrôs e trens, os parisienses devem tentar usar táxis e Ubers. Mas, como lembra uma associação de táxis parisienses entrevistada pelo jornal, o número destes veículos disponíveis em Paris não permite substituir os transportes públicos.

Outras fontes de descontentamento

Para muitos franceses, a reforma da Previdência não é a única fonte de descontentamento, afirma o Libération. Melhoria dos transportes públicos, dos salários dos professores e profissionais de saúde, as reivindicações são várias e se misturam nas manifestações. A "queda de braço" entre o governo francês e os sindicatos deve durar toda a semana e talvez mais, prevê o jornal.

O La Croix entrevista franceses favoráveis à reforma. Ainda que raros, já que segundo uma pesquisa do inistituo Opinion Way, para o jornal Les Échos e a Radio Classique,  citada pela publicação, apenas 26% aprovaria as mudanças propostas pelo presidente Emmanuel Macron. Entre eles, uma maioria de aposentados. Os trabalhadores ativos favoráveis entrevistados pelo jornal acreditam que a reforma é a única maneira de manter o sistema de aposentadorias funcionando.

Ainda que a aprovação à mobilização comece a cair, continua bastante alta: 55% dos franceses aprovam a estratégia dos sindicatos de paralisar a França, de acordo com o jornal. 

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