França registra aumento de casos de Covid e autoridades temem 9ª onda da epidemia

A França vem registrando uma alta preocupante no número de novos casos de Covid-19, inclusive com o aumento de hospitalizações. As autoridades chamam a atenção para o baixo número de pessoas imunizadas com a segunda dose de reforço da vacina contra o coronavírus.

Número exato de novos casos não foi divulgado em razão de uma greve nos laboratórios na França, mas testes nas farmácias confirmaram a alta nas contaminações no país. REUTERS - STEPHANE MAHE

A epidemia de Covid-19 na França, que havia registrado uma baixa importante após uma nova onda em setembro, volta a ganhar força. Segundo dados divulgados na sexta-feira (25) pela Santé Publique France, a agência de vigilância sanitária do país, há uma “retomada da circulação” do coronavírus e uma alta das hospitalizações.

Ainda é difícil ter um balanço exato da situação, em razão de um movimento social que bloqueia atualmente a atividade dos laboratórios de análises clínicas – onde muitos testes anticovid ainda são realizados. No entanto, os dados transmitidos pelas farmácias – onde a maior parte da população se testa – confirmam essa aceleração das contaminações.

Além disso, na semana passada, 4.210 foram hospitalizadas por causa da Covid-19 na França, o que representa uma alta de 6%. Mesmo se esse aumento ainda é inferior aos níveis mais elevados registrados durante o ano, as autoridades temem o impacto desses números no sistema de saúde, que já está sobrecarregado em razão das doenças sazonais, como a gripe, mas também a bronquiolite.

Vacinação e dose de reforço

Diante da situação, as autoridades pedem que a população reforce os gestos preventivos, entre eles o uso de máscaras de locais fechados e em situações de aglomeração. Atualmente o acessório é pouco usado nas ruas e mesmo nos transportes públicos lotados as pessoas com máscara são uma ínfima minoria.

Desde outubro a segunda dose de reforço da vacina anticovid está disponível para os maiores de 60 anos ou as pessoas com deficiência imunitária. No entanto, segundo dados oficiais, entre a população de 60 a 79 anos, apenas 31,2% recebeu essa quarta dose de imunização. Já entre os maiores de 80, apenas 12% se vacinou.

Os menores de 60 anos com risco de desenvolver uma forma grave da Covid também podem receber ser vacinados, seis meses após a primeira dose de reforço ou a última contaminação.

(Com informações da AFP)