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Encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio tem festa francesa diante da Torre Eiffel

O Japão se despediu neste domingo (5) dos Jogos Paralímpicos. Com a entrega das últimas medalhas e a cerimônia de encerramento, Tóquio passou o bastão para Paris, sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024.  

Festa de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Em 5 de setembro de 2021.
Festa de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Em 5 de setembro de 2021. AFP - CHARLY TRIBALLEAU
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Mesmo sem espectadores no estádio por causa das restrições impostas pela pandemia de coronavírus, foi um espetáculo animado por música eletrônica, muitos efeitos sonoros e de luz, que realçaram as coreografias bem ensaiadas dos anfitriões da festa.

Muitos artistas apresentaram performances durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Em 5 de setembro de 2021.
Muitos artistas apresentaram performances durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Em 5 de setembro de 2021. AFP - PHILIP FONG

Na presença dos atletas paralímpicos, muitos artistas, também portadores de deficiência, apresentaram performances surpreendentes de bicicleta, skate e break dance, como a apresentação do recordista mundial de rotações sobre a cabeça.  

Outro momento marcante foi a entrada de 40 pessoas carregando pequenas plataformas circulares de lead, simbolizando como a mensagem dos jogos paralímpicos se difundiu por Tóquio, nos últimos dias, e se propagou por todo o mundo.

Até uma mulher virtual apareceu na despedida, que teve a presença do príncipe herdeiro do Japão, Akishino.

Personagem virtual na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
Personagem virtual na cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. AFP - CHARLY TRIBALLEAU

A bandeira do país foi carregada por atletas paralímpicos japoneses, acompanhados de uma enfermeira, para marcar o desafio de realizar os jogos durante a epidemia de Covid-19. O hino nacional japonês foi entoado por um coral infantil.

Eles não são super heróis

Durante a cerimônia, foi apresentado o vídeo de uma campanha lançada para mostrar que pessoas com deficiência não são super heróis e levam vidas muito perto do normal, enfrentando situações comuns do cotidiano. O objetivo da campanha, que deve durar dez anos, é fazer evoluir os direitos dos portadores de necessidades especiais.

Em seguida, os porta-bandeiras de todos os países participantes dos jogos paralímpicos desfilaram no estádio.

A delegação brasileira foi representada pelo multimedalhista paralímpico Daniel Dias, que se despediu do esporte no Japão. A escolha dele como porta-bandeira foi uma homenagem do Comitê Paralímpico Brasileiro “ao maior atleta da natação paralímpica mundial”, indicou o presidente da entidade, Mizael Conrado.

O presidente do Comitê Paraolímpico Internacional saudou "a edição mais importante dos Jogos Paralímpicos", realizados no contexto da pandemia de coronavírus e os riscos que pesavam sobre a organização. Apesar de condições difíceis, os doze dias de provas foram de muita superação e fortes emoções.

Paris 2024

Para marcar a passagem do bastão a Paris, próxima sede da competição, uma parte da cerimônia foi transmitida ao vivo da capital francesa, onde atletas e comissão organizadora estavam reunidos.

Antes, em Tóquio, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo recebeu a bandeira dos Jogos, simbolizando a contagem regressiva para 2024, primeira edição de provas paralímpicas de verão na França.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, recebe a bandeira dos Jogos Paralímpicos. Em Tóquio, em 5 de setembro de 2021.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, recebe a bandeira dos Jogos Paralímpicos. Em Tóquio, em 5 de setembro de 2021. AFP - CHARLY TRIBALLEAU

O público que lotou a praça do Trocadéro, em Paris, acompanhou a "Marseillaise", hino nacional francês, interpretada na língua de sinais por Betty Moutoumalaya. O vídeo foi gravado no Museu do Louvre.

A programação teve, ainda, uma coreografia assinada por Sadeck Waff acompanhada por um grupo de 126 pessoas, incluindo 19 em situação de deficiência.

Oxandre Peckeu, um jovem equipado com uma revolucionária prótese de braço, impressa em 3D, também participou desse momento da cerimônia da França.

Por fim, os franceses dançaram ao som do artista Pone, cofundador do grupo de rap de Marselha, a Família Fonky. Portador da doença de Charcot desde 2015, ele compôs as músicas apenas com o movimento dos olhos.

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