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França anuncia maior controle de circulação da população no lockdown

As autoridades francesas indicaram nesta sexta-feira (26) que vão aumentar o controle às restrições de circulação dentro da França para lutar contra a Covid-19. Em muitas regiões, como Paris, onde o vírus está fora de controle, a população só pode se deslocar em um perímetro restrito, exceto em casos excepcionais.

Uma policial controla passageiros no aeroporto de Nice, na França.
Uma policial controla passageiros no aeroporto de Nice, na França. © Eric Gaillard/Reuters
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Em estações de trem, aeroportos e postos de pedágio nas estradas, o número de controles será intensificado, para enfrentar uma situação considerada “crítica, devido à terceira onda e à predominância da variante britânica”, anunciou o ministro do Interior francês Gérald Darmanin, durante uma reunião com o primeiro-ministro Jean Castex. “Uma corrida contra o relógio começou”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro em um comunicado.

Em 19 regiões franceses (a França conta com 101), entre elas Paris e cidades próximas, a circulação de pessoas além de 10 km da residência é permitida somente em algumas situações: para trabalhar, levar os filhos à escola ou ir ao médico. Entre regiões, é necessário um atestado que justifique um motivo de extrema necessidade. Nessas regiões, apenas estabelecimentos comerciais considerados essenciais permanecem abertos e escolas do ensino médio funcionam recebendo apenas metade dos alunos.

No resto do país, um toque de recolher está em vigor entre 19h e 6h horas. Em toda a França, bares, restaurantes, museus, cinemas, teatros e casas de espetáculo estão fechados.

Sem culpa

“As próximas semanas serão difíceis, nós tomaremos todas as medidas úteis em tempo e na hora certa”, assegurou o presidente Emmanuel Macron na quinta-feira (25). “Eu não tenho nenhum mea culpa a fazer, não sinto nenhum remorso, não constato nenhum fracasso”, completou, defendendo ao mesmo tempo sua decisão de não decretar um lockdown em janeiro e de ter optado por um isolamento menos restritivo, aplicado na última sexta-feira (20).

Devido à variante inglesa, considerada mais contagiosa e agressiva, a epidemia progrediu em todas as regiões francesas em março. O cenário foi antecipado por epidemiologias desde janeiro.

O número de pacientes em UTIs ultrapassou os 4.700 na quinta-feira e se aproxima do pico da segunda onda, em outubro de 2020, que foi de 4.900. A barra dos 200.000 novos casos por semana foi ultrapassada, pela primeira vez desde novembro, e desde o começo da semana, mais de mil pessoas morreram com Covid-19 em hospitais (93.000 mortes ao todo depois da epidemia).

Alemanha reforça controles

A Alemanha vai reforçar os controles de viajantes provenientes da França, com “testes obrigatórios” e “controles aleatórios”, segundo o ministro de Relações Exteriores francês Jean-Yves Le Drian.

A epidemia não poupa ninguém. A ministra da Cultura francesa, Roselyne Bachelot, está hospitalizada e está sendo submetida à oxigenoterapia. A ministra do Trabalho francesa, Elisabeth Borne, saiu esta semana do hospital.

A vacinação, que já permitiu reduzir muito a mortalidade em casas de repouso para idosos, progride, mas não rápido o suficiente para proteger a população: apenas 2,6 milhões de pessoas receberam as duas doses de um imunizante na França, em um total de 66 milhões de habitantes.

(Com informações da AFP)

 

 

 

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