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Covid-19: Franceses poderão viajar nas férias de julho, mas apenas dentro do país

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, anunciou nesta quinta-feira (14) um plano "sem precedentes" de apoio ao setor de turismo na França que, com a epidemia de coronavirus, provavelmente está enfrentando "o pior calvário de sua história moderna". Segundo o premiê, os franceses poderão viajar nas tradicionais férias de verão do Hemisfério Norte, em julho e agosto, mas terão que ficar dentro do país.

Medidas anunciadas pelo governo visam salvar o turismo nacional.
Medidas anunciadas pelo governo visam salvar o turismo nacional. Getty Images
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O "plano Marshall" para o turismo francês, como vem sendo chamado o pacote de medidas para recuperar o setor, foi validado nesta quinta-feira. Um plano "sem precedentes", segundo Édouard Philippe, de € 18 bilhões em investimentos. O setor é vital para a economia francesa: representa 7% das riquezas produzidas no país (PIB) e gera dois milhões de empregos.

"O turismo provavelmente está enfrentando o pior teste de sua história moderna, mesmo sendo uma das joias da economia francesa. Seu resgate é, portanto, uma prioridade nacional", declarou o primeiro-ministro após deixar uma reunião dedicada ao setor.

Hotéis, restaurantes, agências e operadores de turismo estão fechados desde meados de março. Cerca de 62 mil estabelecimentos da área já se beneficiaram de € 6,2 bilhões em linhas de crédito, com garantias do Estado, oferecidas pelo Banco Público de Investimento (Bpifrance).

Férias na França neste verão

"Os franceses poderão sair de férias dentro da França em julho e agosto", anunciou Philippe, sujeitos contudo "a possíveis restrições muito localizadas", de acordo com a evolução da epidemia de coronavírus. "Podem confirmar suas reservas", afirmou o premiê, ressaltando que "os atores do turismo e a indústria hoteleira estão comprometidos em garantir que os clientes sejam totalmente reembolsados caso a evolução da epidemia não permita as viagens”.

Depois de liberar a ajuda de emergência, o governo francês agora diz querer "apoiar tanto a recuperação, quanto o renascimento de um setor". O esforço do governo será liderado pelo Banque des Territoires (Banco dos Territórios) e pela Bpifrance, "que formalizaram um plano conjunto de estímulos de mais de € 3 bilhões em financiamento entre 2020 e 2023", sob a forma de empréstimos e de aporte de capital.

No total, todas as medidas governamentais representam "um compromisso sem precedentes, massivo e necessário", disse o chefe de governo.

Acesso ampliado ao fundo de solidariedade

Duas demandas do setor foram parcialmente atendidas: o recurso a atividades parciais será possível até o final de 2020 para empresas de turismo e eventos. Já o acesso ao fundo de solidariedade, que permite a empresas com menos de dez empregados, autônomos e microempreendedores receberem de € 1.500 a € 5.000 por mês, será estendido apenas até o fim de setembro. Esta última medida vale para cafés, hotéis, restaurantes e empreendedores dos segmentos de turismo, eventos, esporte e cultura. Havia uma demanda para que a cobertura do fundo de solidariedade ficasse ativa até o final do ano. 

Para "apoiar a demanda" e incentivar os franceses a voltarem aos restaurantes, quando estes puderem reabrir, o teto diário dos tickets-restaurante terá o valor dobrado para € 38, e seu uso será autorizado também nos finais de semana e feriados, até o final de 2020.

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