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Comissão Eleitoral russa descarta candidatura para presidente de jornalista opositora

A Comissão Eleitoral russa descartou neste sábado (23) a candidatura para a eleição presidencial de março de 2024 da jornalista e ex-deputada municipal Ekaterina Dountsova. Há quase dois anos a líder do pequeno partido liberal Yabloko faz campanha pela democracia e pelo fim da guerra na Ucrânia.

Yekaterina Duntsova entra no Comitê Eleitoral Central da Rússia para apresentar seus documentos como candidata para a próxima eleição presidencial, em Moscou, Rússia, quarta-feira, 20 de dezembro de 2023.
Yekaterina Duntsova entra no Comitê Eleitoral Central da Rússia para apresentar seus documentos como candidata para a próxima eleição presidencial, em Moscou, Rússia, quarta-feira, 20 de dezembro de 2023. AP - Alexander Zemlianichenko
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A Comissão citou “erros nos documentos” apresentados por Dountsova, segundo informou a televisão russa. A presidente do órgão, Ella Pamfilova, confirmou que rejeitou por unanimidade a candidatura. “Você é jovem, tem uma vida pela frente”, disse Pamfilova, dirigindo-se à candidata, de 40 anos.

Diante da imprensa russa, Ekaterina Dountsova lamentou uma “triste” decisão contra “uma iniciativa popular”. No Telegram, ela anunciou sua intenção de apelar “amanhã”, domingo, 24 de dezembro, ao Supremo Tribunal russo.

“Não acabou”, garantiu. Mas o procedimento não deverá ter êxito, uma vez que qualquer candidatura que se oponha diretamente à política do Kremlin não tem quase nenhuma chance de ser autorizada.

Ekaterina Dountsova também pediu aos líderes do partido Yabloko que apoiassem a sua candidatura. "Não podemos ficar de braços cruzados! Esta é a última oportunidade legal para os cidadãos expressarem o seu desacordo com as políticas seguidas pelas autoridades atuais", disse no Telegram.

“Os russos devem ter uma escolha!”, argumentou ainda. “Milhares de vidas dependem da sua decisão”, disse ela.

Além disso, a presidente da Comissão Eleitoral informou no sábado que um total de 29 pessoas apresentaram um processo de candidatura presidencial, incluindo Vladimir Putin.

O presidente russo, no poder desde 2000 (depois de ter sido primeiro-ministro em 1999), concorre a um novo mandato de seis anos no Kremlin. Ao que tudo indica, a eleição será apenas uma formalidade, uma vez que a oposição foi esmagada nos últimos anos pela repressão, que se acelerou desde a invasão da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

(Com informações da AFP)

  

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