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União Europeia vai manter ajuda aos palestinos, mesmo após ataques do Hamas

A União Europeia (UE) deu sinal verde na terça-feira (21) para continuar a sua ajuda ao desenvolvimento dos palestinos, após uma revisão que mostrou que nenhum dinheiro beneficiou o Hamas. O exame da ajuda europeia foi decidido após o ataque a Israel em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos.

Palestinos recebem sacos com alimentos da agência da ONU de apoio aos refugiados (UNRWA) em Rafah, na Faixa de Gaza, em 21 de novembro de 2023.
Palestinos recebem sacos com alimentos da agência da ONU de apoio aos refugiados (UNRWA) em Rafah, na Faixa de Gaza, em 21 de novembro de 2023. AFP - SAID KHATIB
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A UE é o maior apoiador financeiro dos palestinos, tendo destinado à região um orçamento de cerca de € 1,2 bilhão em um período que vai de 2021 a 2024.

Uma análise realizada nesta ajuda financeira “não identificou quaisquer provas” que demonstrem que os fundos da UE tenham “beneficiado direta ou indiretamente a organização terrorista Hamas”, declarou o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

“O sistema de monitoramento em vigor funcionou e, portanto, o pagamento aos beneficiários palestinos e à UNRWA (a agência da ONU para os refugiados palestinos) continuará”, acrescentou.

A Comissão acrescentou, no entanto, que poderão ser implementados controles mais rigorosos no futuro, em particular relacionados com possíveis casos de antissemitismo. Segundo um responsável europeu, Bruxelas está investigando alegações de incitação ao ódio e de apologia ao terrorismo no âmbito de dois contratos, de um total de 119.

Além disso, projetos no valor total de € 75 milhões – principalmente ligados a infraestruturas de distribuição de água potável em Gaza – são agora impossíveis de realizar devido à guerra em curso, disse ele.

A questão da ajuda ao desenvolvimento para os palestinos pôs em evidência profundas divisões dentro do grupo dos 27 países que formam a União Europeia.

O anúncio do comissário húngaro Oliver Varhelyi de uma suspensão de todos os pagamentos planejados como parte desta ajuda causou protestos em Bruxelas, antes de a Comissão corrigir a situação e reforçar que se tratava apenas de uma questão de revisão dos programas existentes.

(Com informações da AFP)

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