Papa se mostra recuperado após operação e celebra o Angelus diante de milhares de fiéis
O papa Francisco, que passou por uma cirurgia no abdômen no início de junho, fez a oração do Angelus neste domingo (18) diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano. O sumo pontífice agradeceu pelas demonstrações de "afeto" que recebeu durante sua hospitalização.
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O papa, que se move cada vez mais em cadeira de rodas ou bengala, apareceu em boa forma, na janela de seus aposentos do Palácio Apostólico.
"Quero expressar minha gratidão a todos aqueles que, nos dias de minha internação na Policlínica Gemelli, manifestaram afeto, preocupação e amizade", declarou o papa. "Esta proximidade humana e espiritual tem sido uma grande ajuda e consolo para mim", disse ele, sob aplausos da multidão.
Debilitado por vários anos por problemas de saúde, especialmente no intestino e nas articulações, o pontífice argentino de 86 anos deixou o hospital Gemelli, em Roma, na sexta-feira, após dez dias internado. Embora tenha retomado sua agenda, alguns de seus atos foram cancelados, como sua próxima audiência semanal na quarta-feira.
Tragédia dos migrantes
O papa, que em várias ocasiões expressou sua preocupação com os dramas ligados à migração, reiterou sua "grande tristeza e muita dor" após o naufrágio na Grécia nesta semana de um barco pesqueiro cheio de migrantes que deixou pelo menos 78 mortos e muitos desaparecidos. "Renovo minha oração por aqueles que perderam a vida e imploro que tudo seja feito sempre para evitar tragédias semelhantes", disse ele.
Francisco também se pronunciou sobre o ataque na noite de sexta-feira (16) contra uma escola ugandense, que deixou pelo menos 41 mortos, a maioria estudantes. "Rezo pelos jovens estudantes vítimas do brutal ataque", declarou o sumo pontífice, após a oração do Angelus, lembrando que Uganda é um país de maioria cristã.
O ataque mencionado pelo sumo pontífice visou a Lhubiriha High School, uma escola secundária em Mpondwe, no distrito de Kasese, perto da fronteira da República Democrática do Congo. Dormitórios foram queimados e os estudantes foram esfaqueados até a morte. Segundo o Exército local, o crime foi cometido por membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), uma milícia islâmica. O grupo está entre os mais violentos em atividade na região.
"Esta luta, esta guerra em todos os lugares. Rezemos pela paz", acrescentou Francisco.
(Com AFP)
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