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Um dia após sair do hospital, Papa Francisco celebra missa do domingo de Ramos

Um dia após ter deixado o hospital, o Papa Francisco participou da missa do Domingo de Ramos, neste domingo (2), na Praça de São Pedro, no Vaticano, lotada por 30 mil fiéis. Este é um evento importante no calendário cristão, que marca o início da Semana Santa. Francisco, de 86 anos, havia passado três noites em cuidados médicos para tratar de uma bronquiolite.

Papa Francisco chega à praça de São Pedro para celebrar missa de Domingo de Ramos.
Papa Francisco chega à praça de São Pedro para celebrar missa de Domingo de Ramos. AFP - FILIPPO MONTEFORTE
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O papa chegou em seu papa móvel e demonstrava estar em boa forma. Ele cumprimentou os fiéis e agradeceu pelas orações por sua recuperação. Francisco acenou brevemente para a multidão, que o esperava em frente à basílica de Praça de São Pedro.

"Saúdo a todos, romanos e peregrinos, especialmente aos que vieram de longe. Agradeço a sua participação e também as suas orações, que foram intensificadas nos últimos dias. Obrigado!", disse o soberano pontífice ao conduzir a oração do Angelus. A missa deste domingo foi celebrada por um cardeal, já que Francisco não consegue passar muito tempo de pé no altar. O mesmo deve acontecer no próximo domingo (9) para a missa de Páscoa.

O Domingo de Ramos marca a chegada de Jesus em Jerusalém, antes da crucificação. O Domingo de Páscoa celebra a sua ressurreição dentre os mortos.

"Esta é uma semana importante porque o Papa Francisco saiu ontem do hospital. Vimos de forma emocionante como ele cumprimentou os profissionais de saúde, os seguranças, agradeceu a maneira como o trataram durante estes dias de internamento", disse Jorge Oliveira, estudante de doutoramento em teologia em Roma.

"O Papa acabou de fazer uma homilia muito interessante na Praça de São Pedro. O Papa vai continuar uma semana muito intensa. Hoje, a própria cerimônia é exigente. Ele está acompanhado por 40 cardeais, 30 bispos e 300 padres. O Papa não suspendeu nenhum compromisso que tinha estabelecido para esta semana", acrescentou.

O papa Francisco durante a celebração da missa do Domingo de Ramos. Vaticano, em 2 de abril de 2023.
O papa Francisco durante a celebração da missa do Domingo de Ramos. Vaticano, em 2 de abril de 2023. via REUTERS - VATICAN MEDIA

Francisco, líder de mais de 1,3 bilhão de católicos em todo o mundo, sofre de problemas de saúde crônicos há vários anos, incluindo dores no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas e uma bengala.

Na quarta-feira (29), o Vaticano informou que o papa tinha dificuldade para respirar e precisava tratar uma "infecção respiratória" que requeria tratamento com antibióticos. O pontífice deixou o Hospital Gemelli, em Roma, na manhã de sábado (1°), após uma internação uma rápida internação. "Ainda estou vivo", disse ele, sorrindo para os jornalistas e fiéis reunidos em frente ao hospital.

Esta é a segunda internação do papa Francisco desde 2021, quando o jesuíta argentino foi submetido a uma cirurgia de cólon, no mesmo hospital.

Dez anos de papado

No início de março, o Papa Francisco comemorou seu décimo aniversário à frente da Igreja Católica mundial. Ele promoveu grandes reformas de governança e procurou forjar uma igreja mais aberta e compassiva, embora enfrente uma oposição interna, principalmente de conservadores.

Ele disse repetidamente que consideraria renunciar - como seu antecessor Bento XVI, que morreu em dezembro - se a sua saúde piorasse. Recentemente, Francisco disse que isso não estava em questão no momento.

Em entrevista em janeiro, Jorge Bergoglio confidenciou sofrer de diverticulite, uma inflamação das paredes internas do intestino. O papa é constantemente monitorado por uma equipe de enfermeiros e médicos, tanto no Vaticano quanto durante suas viagens ao exterior.

Uma precaução necessária devido ao histórico de saúde do papa que, aos 21 anos, quase morreu de pleurisia, uma irritação nas membranas que envolvem os pulmões e sofreu a retirada parcial de um pulmão.

(Com informações da RFI e da AFP)

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