Greve de ferroviários cancela mais de 1.000 trens em Portugal durante festas de fim de ano
Os trabalhadores ferroviários portugueses iniciaram, nesta segunda-feira (26), o seu segundo dia de greve, após uma primeira paralisação na sexta-feira (23), quando mais de 1.100 trens foram cancelados. Os sindicatos demandam um bônus que compense a elevada inflação no país.
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Esta greve afetará o trânsito ferroviário nos "dias anteriores e posteriores aqueles em que houver paralisação", além de 1º de janeiro, informou em uma nota a empresa ferroviária portuguesa (CP, Comboios de Portugal).
"Estamos conscientes que é impossível compensar a perda de poder aquisitivo", mas "pedimos um bônus que nos ajude a enfrentar o aumento dos preços", declarou à emissora de televisão pública RTP, Antonio Pereira, responsável pelo sindicato independente dos agentes ferroviários (SUBFB), uma das oito organizações que impulsionam a mobilização.
Segundo o sindicalista, o número de empregados da CP que não compareceram ao trabalho nesta segunda-feira foi de "cerca de 80%".
Dos 427 trens previstos para partir antes das 10h locais (6 horas em Brasília), 278 haviam sido cancelados, segundo dados da CP. O impacto desta mobilização foi limitado, no entanto, devido à manutenção de um serviço mínimo de 25% dos trens programados.
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Além dos trabalhadores ferroviários, outros setores fizeram greve durante o final de semana do Natal para pedir aumentos salariais, como os funcionários de supermercados e centros comerciais.
“A inflação atingiu níveis não vistos há três décadas", reconheceu o primeiro-ministro socialista portugês, António Costa, na noite de domingo (25), em sua mensagem de Natal transmitida pela televisão. Ele prometeu fazer todo o possível para continuar a ajudar as famílias e a economia do país.
No início do mês, uma greve de dois dias da tripulação de cabine da TAP, iniciada na quinta-feira (8), causou transtornos, principalmente para os passageiros que não haviam sido informados sobre os cancelamentos e só descobriram a mudança de última hora no aeroporto.
Empresas do setor do turismo estão preocupadas com as paralisações, especialmente no período das festas de fim de ano.
(Com informações da AFP)
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