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Onda de calor: governo espanhol lança alertas sobre risco de queimadas e cuidados com a saúde

De acordo com a Agência Estatal de Meteorologia, o fenômeno de altas temperaturas deve se estender na Espanha até a próxima segunda-feira (18). Pelo menos 84 pessoas já morreram em decorrência do forte calor. 

Turistas se refrescam em Sevilha durante a segunda onda de calor no país.
Turistas se refrescam em Sevilha durante a segunda onda de calor no país. REUTERS - JON NAZCA
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De Madri, Ana Beatriz Farias

Andar pelas ruas de Madri tem sido um desafio nos últimos dias, principalmente nos horários de maior incidência solar. Com a temperatura ultrapassando os 40 graus na capital espanhola, não é difícil ver gente consumindo bebidas geladas, utilizando qualquer coisa que tenha em mãos na tentativa de provocar vento ou buscando um lugar na sombra sempre que possível.

A onda de calor que está afetando diversos países europeus, vem atingindo toda a Espanha desde o último dia 10. A condição é propícia para o surgimento de incêndios florestais e, por isso, o governo está pedindo a máxima precaução, por parte da população, para combater os incidentes, que já estão espalhados por diversas partes do território espanhol.

As medidas sugeridas incluem evitar descartar cigarros, lixo e vidro ao sol e prestar atenção especial às normas de cada comunidade autônoma sobre os períodos autorizados para realizar queima de restos de cultivo no campo. Além disso, está proibido acender fogueiras em regiões consideradas de risco.

Alertas em relação a cuidados com a saúde também foram oficialmente anunciados pelo governo espanhol, que indica uma adaptação de hábitos. Exposição limitada ao sol, busca de lugares ventilados e hidratação constante, evitando fazer exercícios físicos prolongados nas horas mais quentes do dia são algumas das recomendações.

Mortes contabilizadas

Nos três primeiros dias (10, 11 e 12 de julho) dests onda de calor, foram registradas 84 mortes atribuídas ao excesso de temperatura na Espanha, de acordo com o Instituto de Saúde Carlos III, ligado ao Ministério da Saúde.

Foram 41 óbitos na terça-feira (12), 28 mortes na segunda (11) e 15 no domingo (10). Tudo isso antes mesmo de a onda de calor atingir seu pico máximo, na última quinta-feira (14), quando foram registrados 45°C em algumas regiões do país.

Florestas em chamas

No início deste sábado (16), os serviços de emergência combatiam 33 incêndios florestais, 14 deles fora de controle, 15 controlados e 4 estabilizados. A Proteção Civil emprega 70% dos seus recursos nos trabalhos realizados.

Alguns dos incêndios são especialmente preocupantes. Um deles já afetou 2.500 hectares e atinge as regiões de Cáceres, na Estremadura, e de Salamanca, em Castela e Leão.

Ainda neste sábado, segundo a Direção Geral de Proteção Civil e Emergências, o aviso vermelho (de risco extremo) segue ativo nas zonas de Zaragoza, Cantábria, Badajoz, Navarra e La Rioja. Já os avisos de cor laranja, por altas temperaturas, seguem predominando no território da península.

De acordo com a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) espanhola, o fenômeno que gera o aumento de temperaturas é causado pela presença de um anticiclone atlântico com centro próximo às Ilhas Britânicas e deve ser atenuado a partir da próxima segunda-feira, que está prevista como último dia da onda de calor.

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