Copenhague: Atirador tem problemas psiquiátricos e não teve motivação terrorista, diz polícia
O atirador de 22 anos que atacou um shopping em Copenhague no último domingo (3) tem problemas psiquiátricos. Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (4), a polícia da Dinamarca indicou que o atirador agiu sozinho e que o ato não tem indícios de motivação terrorista. Três pessoas foram mortas durante o ataque.
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Fernanda Melo Larsen, correspondente da RFI em Copenhague.
O dinamarquês de 22 anos entrou por volta das 17h30 do domingo no maior shopping de Copenhague e abriu fogo contra as pessoas que estavam no local. No momento do ataque, muitos visitantes estavam lá para assistir ao show do cantor britânico Harry Styles, que aconteceria em uma casa de espetáculos vizinha ao local da tragédia.
Três pessoas foram mortas e quatro outras ficaram feridas. Nesta segunda, a polícia dinamarquesa afirmou que não há indícios de motivação terrorista na ação e que o atirador era conhecido por seus problemas psiquiátricos.
O dinamarquês foi preso e confessou o crime. Ele carregava um fuzil e munição, para os quais não tinha licença. O homem também estava armado com uma faca.
O nome do atirador não foi divulgado, já que uma lei na Dinamarca garante o sigilo da identidade de um suspeito até o final das investigações.
Desde domingo, diversos vídeos do suspeito circulam nas redes sociais. O chefe de polícia de Copenhague, Soren Thomassen, afirmou que as imagens parecem ser verdadeiras.
Em alguns vídeos, é possível ver o suspeito posando com o fuzil, imitando gestos suicidas e falando sobre uma medicação psiquiátrica “que não funciona”.
Dois adolescentes e um russo de 47 anos morreram
As autoridades dinamarquesas identificaram as três vítimas como sendo dois adolescentes de 17 anos, ambos dinamarqueses, e um cidadão russo de 47 anos que morava no país.
Outras quatro pessoas ficaram feridas no tiroteio: duas dinamarquesas, de 19 e 40 anos, e dois suecos, sendo um homem de 50 anos e uma jovem de 16 anos. Todos os feridos foram encaminhados para o hospital central de Copenhague. Três deles estão em situação estável e um permanece em estado crítico.
Em uma declaração ainda na noite de domingo, a primeira-ministra Mette Frederiksen lamentou o ocorrido. "A Dinamarca foi atingida por um ataque cruel", disse. "Nossa belo e normalmente segura capital mudou em um segundo", lamentou, pedindo "a união da população para atravessar este momento difícil".
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