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EUA e Rússia retomam negociações sobre Ucrânia; Moscou exclui fazer concessões

Estados Unidos e Rússia retomam negociações sobre a Ucrânia e a segurança na Europa em Genebra, na Suíça. A reunião está prevista para esta segunda-feira (10), mas uma fonte da Casa Branca informou que haveria provavelmente uma primeira discussão na noite deste domingo (9). A Rússia excluiu fazer qualquer concessão.

Militares ucranianos na região de Lougansk, no leste do país, em 4 de janeiro de 2022.
Militares ucranianos na região de Lougansk, no leste do país, em 4 de janeiro de 2022. REUTERS - MAKSIM LEVIN
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Com informações da correspondente da RFI em Nova York, Loubna Anaki

Os dois países serão representados por seus ministros adjuntos das Relações Exteriores, a americana Wendy Sherman e o russo Serguei Riabkov. As potencias ocidentais e o governo ucraniano acusam a Rússia de preparar uma invasão da Ucrânia ao mobilizar cem mil soldados na fronteira entre os dois países.

Os Estados Unidos ameaçam o presidente russo Vladimir Putin de sanções em massa e sem precedentes em caso de um novo ataque ao território ucraniano, após a anexação da Crimeia em 2014. Washington quer enviar uma mensagem clara a Moscou e já tem pronta uma lista de sanções militares, econômicas e tecnológicas. O objetivo é pressionar os russos antes das negociações de Genebra.

Os americanos e seus aliados europeus querem a retirada das tropas russas da fronteira ucraniana. Eles também pretendem relançar os acordos de Minsk que deveriam por fim ao conflito no leste da Ucrânia entre Kiev e os separatistas pró-russos.

Sanções

Diplomatas americanas detalharam ao New York Times as eventuais sanções contra a Rússia. Elas preveem principalmente isolar as grandes instituições financeiras russas do mercado mundial visando enfraquecer a economia do país e impedir o início do funcionamento do gasoduto Norte Stream 2. Há ainda o embargo de exportações de produtos americanos utilizados por diferentes indústrias russas, principalmente de setores considerados essenciais por Vladimir Putin, como de armamento e aeroespacial. A exportação de produtos de consumo, como telefones e computadores americanos, também deve ser suspensa.

Os Estados Unidos planejam fornecer armas aos ucranianos para que eles possam combater, se necessário, os soldados russos. Ao revelar essas informações, Washington espera influenciar as decisões do presidente russo

Moscou quer fim da ampliação da Otan

Mas Moscou excluiu neste domingo fazer qualquer concessão nas discussões sobre a Ucrânia em Genebra. O negociador russo, Serguei Riabkov, declarou a agências de notícias que está “decepcionado” com “os sinais” enviados por Washington antes das discussões. Ele disse que se não houver progressos na reunião desta segunda-feira, a Rússia pode abandonar as negociações. Alguns analistas temem que Vladimir Putin decida invadir a Ucrânia se a reunião de Genebra não atender a suas expectativas.

O governo russo pede o fim da ampliação da Otan na região e a diminuição das forças militares da Aliança Atlântica nos países da Europa do Leste. Essas exigências já foram descartadas pelas potências ocidentais, rivais de Moscou.

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