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Portugal: desfiles celebram aniversário da Revolução apesar da pandemia

Os portugueses celebram neste domingo (25) o 47º aniversário da Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura fascista. Um dia marcado pelo retorno dos protestos populares, apesar da pandemia de Covid-19. Em Lisboa, o tradicional desfile voltou a acontecer na Avenida da Liberdade, no centro da capital portuguesa, depois de ter sido cancelado no ano passado, devido ao coronavírus. A passeata, com a participação de milhares de pessoas, reuniu cidadãos, membros de partidos políticos e da Associação 25 de abril, do “movimento de capitães”, que abriu caminho o retorno da democracia no país.

"Nada como o 25 de abril para repensar o nosso passado, quando o nosso presente é tão difícil e o nosso futuro tão urgente", declarou o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.
"Nada como o 25 de abril para repensar o nosso passado, quando o nosso presente é tão difícil e o nosso futuro tão urgente", declarou o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa. LUSA - ANTÓNIO COTRIM
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Os participantes, que desrespeitaram o distanciamento social, apesar das recomendações das autoridades sanitárias, percorreram a avenida cantando repetidamente a canção "Grândola Vila Morena" e usando cravos vermelhos, símbolos da revolução.

“É importante comemorar esta data que fez renascer a democracia. É claro que você tem que se proteger da pandemia, mas depois do cancelamento do ano passado, eu estava com ainda mais vontade de desfilar”, declarou a atriz Nadia Nogueira, de 42 anos, à AFP.

Como no ano passado, quem não pôde participar de desfiles em todo o país foi convidado a entoar a música revolucionária e o hino nacional, de onde quer que esteja, às 18h do horário local (14h em Brasília).

Os tanques do Movimento das Forças Armadas (MFA), que entraram em Lisboa na manhã de 25 de abril de 1974, colocaram fim aos 13 anos de guerras coloniais e aos 48 anos de ditadura, comandada por Antonio de Oliveira Salazar até 1968, e depois por Marcelo Caetano até a queda do regime.

Presente difícil e futuro urgente

"Nada como o 25 de abril para repensar o nosso passado, quando o nosso presente é tão difícil e o nosso futuro tão urgente", enfatizou durante uma sessão solene no Parlamento o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, um conservador moderado reeleito para um segundo mandato no início do ano.

Portugal, que iniciou um plano de relaxamento gradual do confinamento em meados de março, ainda se encontra em estado de emergência, apesar dos novos casos de Covid-19 terem se estabilizado em torno de 500 contágios diários, contra um pico de quase 13 mil no final de janeiro.

(Com informações da AFP)

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