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Holanda: sem maioria nas eleições legislativas, Mark Rutte inicia consultas para formar novo governo

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, inicia nesta quinta-feira (18) consultas para formar um novo governo, no dia seguinte à vitória do partido liberal, VVD, nas eleições legislativas no país, em meio à epidemia de coronavírus.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, celebra o que ele chamu de um "grande voto de confiança" em três dias de eleições parlamentares, dominadas pela pandemia de Covid-19, em que seu partido saiu vitorioso, de acordo com pesquisas de boca de urna.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, celebra o que ele chamu de um "grande voto de confiança" em três dias de eleições parlamentares, dominadas pela pandemia de Covid-19, em que seu partido saiu vitorioso, de acordo com pesquisas de boca de urna. AP - Piroschka van de Wouw
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De acordo com as projeções realizadas após a apuração de 63% dos votos, o partido de Rutte, no cargo desde 2010, deve controlar 36 das 150 cadeiras da Câmara Baixa, o que coloca o premiê na posição de dirigir uma nova coalizão governamental. Mark Rutte declarou que “parecia evidente” a criação de uma nova aliança com o partido de centro-esquerda pró-europeu D-66, dirigido pela ex-diplomata das Nações Unidas Sigrid Kaag, que deve chegar em segundo lugar no pleito, com 24 cadeiras.

Os resultados indicam que Rutte precisará se associar a pelo menos dois outros partidos, entre eles o dos cristãos-democratas, para governar com uma maioria de 76 cadeiras no Parlamento. O Partido pela Liberdade, de extrema-direita, de Geert Wilders, perdeu votos, assim como os ecologistas. Apesar da crise sanitária, a participação foi de 83%, como há quatro anos. Os resultados definitivos devem ser anunciados em 26 de março.

“Os desafios que temos pela frente são enormes”, estimou Mark Rutte. “Nas próximas semanas e meses, poderemos tirar o país da crise do coronavírus”, declarou. A epidemia deixou mais de 16 mil mortos na Holanda, país de mais de 17 milhões de habitantes.

A campanha foi totalmente dominada pela crise sanitária, segundo o pesquisador Rem Korteweg, do Instituto Cligendael, em Haia. “Se observarmos a campanha do VVD, veremos que ela girou em torno de Rutte, que era primeiro-ministro e, em tempos de crise sanitária ligada à pandemia, o país precisava de um protetor e de um bom pai de família”, disse, em entrevista à RFI.

“Ele é um excelente comunicador e conseguiu dar a impressão de que, em plena tempestade, era o homem da situação. Acredito que que isso influenciou muita gente, que enxergou nele um dirigente confiável”, declarou. “A estratégia do VVD é reveladora: não é o momento de fazer política, mas de se unir como nação, o que, por si só, é uma mensagem política. Para Rem Korteweg, Mark Rutte adotou uma postura “quase presidencial”, de político que pode cuidar dos outros.

(AFP e RFI)

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