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Bavária aumenta restrições para conter segunda onda da Covid-19 na Alemanha

Durante a primeira onda da doença na Europa, entre março e abril, a gestão da Alemanha foi considerada exemplar na luta contra a epidemia. Mas o país está tendo dificuldades para controlar a segunda onda de contaminações. As medidas adotadas no início de novembro em muitas regiões, como o limite de cinco pessoas para reuniões particulares, não surtiu o efeito desejado e foram prolongadas.

O presidente da região da Bavária, Markus Söder, anuncia novas medidas contra a Covid-19.
O presidente da região da Bavária, Markus Söder, anuncia novas medidas contra a Covid-19. AP - John MacDougall
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Pascal Thibaut, correspondente da RFI em Berlim

Diante da situação, a Bavária decidiu endurecer as medidas contra o SARS-Cov-2.  O dirigente da região, Markus Söder, se disse "insatisfeito com o balanço das medidas restritivas adotadas há cerca de um mês na Alemanha." O fechamento de bares, restaurantes, teatros e cinemas, e a redução dos contatos particulares não permitiram ao país estabilizar a curva de contaminações. 

O número de mortos também cresceu: a Bavária é uma das regiões mais atingidas do país, com uma taxa de incidência de 175 novos contágio para 100 mil habitantes em sete dias, e vai na contramão do resto da Alemanha, que flexibliza as medidas. A partir de quarta-feira (9), os moradores só poderão sair de casa por quatro motivos: fazer compras, trabalhar, ir à escola ou ao médico.

Nas áreas mais atingidas, o toque de recolher continuará instaurado entre 21h e 5h da madrugada. As escolas também vão dividir as classes em dois grupos e vão alternar ensino à distância e online, com exceção das crianças inscritas no jardim de infância e primário. As medidas serão válidas até o dia 9 de janeiro. As restrições para reuniões particulares serão suspensas apenas entre 23 e 26 de dezembro, no Natal.

Dinamarca volta a fechar escolas

A primeira-ministra da Dinamarca anunciou, nesta segunda-feira (7), que fechará as escolas, bares, cafés e restaurantes de 38 municípios, incluindo Copenhague e outras duas grandes cidades, para conter o aumento de casos no país.

"A propagação do vírus está crescendo e a situação é muito preocupante. Portanto, temos que tomar medidas para controlar os contágios e a pandemia", explicou durante coletiva de imprensa Mette Frederiksen, enquanto pediu aos dinamarqueses que não se reúnam com mais de dez pessoas durante as festas de Natal e Ano-Novo.

Como já ocorreu na primavera a partir de quarta-feira as escolas voltarão para as aulas online e os bares, cafés e restaurantes irão fechar, com permissão de venda de refeições apenas para levar. As restrições também incluem bibliotecas, academias, cinemas e teatros. As restrições serão aplicadas apenas nas áreas mais afetadas do país escandinavo: Copenhague e sua periferia, Aarhus, no oeste, e Odense, no centro.

As autoridades de saúde registraram nesta segunda-feira um recorde diário de 2.046 novos casos em 24 horas. Espera-se que, até o Natal, os casos se aproximem dos 4.000 diários, em um país de 5,8 milhões de habitantes, de acordo com informações da TV pública DR.

As restrições anunciadas hoje estarão em vigor até 3 de janeiro para controlar um aumento de casos qualificado como "exponencial" pelo ministro da Saúde, Magnus Heunicke.

Grécia prolonga medidas de lockdown

A Grécia também prolongou as medidas de lockdown até o dia 7 de janeiro para controlar as contaminações.  As escolas devem continuar fechadas. A melhoria dos dados epidemiológicos e a redução da pressão do vírus são mais lentas do que o previsto, disse o porta-voz do governo, Stelios Petsas.

"O retorno à normalidade deve ser feito progressivamente e em segurança", disse. Ele ressaltou que as escolas, tribunais, restaurantes, academias e estações de esqui ficarão fechados até 7 de janeiro. Mais de 1.800 pessoas morreram no país em novembro, o que representa o maior número de vítimas em um mês desde março. Mais de 115 mil contaminações foram registradas.

(RFI e AFP)

 

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