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Multa por não usar máscara contra Covid-19 chega a R$ 6 mil na Itália

A região italiana da Campânia, ao sul do da Itália, aplicou as primeiras multas de € 1.000 (R$ 6.098) em quem não usa máscara de proteção contra a Covid-19 em ambientes fechados. Primeiro país atingido pela pandemia na Europa, a Itália registra mais de 35.000 óbitos e mais de 242.000 casos de coronavírus.

Italianos assistem a jogo de futebol em bar de Turim, no norte da Itália. (23/07/2020)
Italianos assistem a jogo de futebol em bar de Turim, no norte da Itália. (23/07/2020) REUTERS - MASSIMO PINCA
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A imprensa local relata neste domingo (26) que os donos de um cabeleireiro, um bar e uma loja em Salerno, a cerca de 50 quilômetros ao sul de Nápoles, foram multados depois que a polícia constatou que não respeitavam a norma de se usar máscara para combater a propagação da pandemia da Covid-19.

"Se nossos concidadãos acreditam que o problema está resolvido, isso significa que, dentro de algumas semanas, retornaremos a uma emergência grave", alertou o governador da região da Campânia, Vincenzo de Luca. Atualmente, a doença está controlada na Itália, embora 275 novos casos e cinco mortes tenham sido anunciados nas últimas 24 horas no país.

Restrições contra a Espanha

Na Europa, a Espanha é um dos países que mais preocupam, devido aos novos focos registrados nos últimos dias. Neste domingo, o governo espanhol garantiu que a situação "está controlada", em resposta às restrições impostas pelo Reino Unido e a Noruega para quem chegar do país. A França recomendou à população evitar a Catalunha (nordeste), uma das regiões espanholas preferidas dos turistas estrangeiros.

"O governo da Espanha considera que a situação está controlada. Os focos estão localizados, foram isolados e controlados (...) A Espanha é um país seguro", conforme fontes do Ministério das Relações Exteriores.

Acesso à praia de Barcelona tem tido até fila de espera (19/07/2020)
Acesso à praia de Barcelona tem tido até fila de espera (19/07/2020) REUTERS - Nacho Doce

Turistas britânicos que estiveram no país ou planejavam uma viagem para regiões espanholas ficaram indignados com as novas medidas anunciadas pelo governo do Reino Unido: quem voltar de uma estadia na Espanha a partir de 0h deste domingo deverá passar duas semanas em quarentena. “A decisão caiu brutalmente. Nem tivemos tempo de nos preparar”, declarou Emily Harrison, que embarcava às pressas no aeroporto de Barajas, em Madri, num voo para Londres. “Tínhamos planos de ir a um casamento e rever amigos que não vemos há muito tempo. Vamos ter de cancelar tudo”, protestou a turista.

Várias regiões da Espanha, onde há pelo menos 280 focos ativos de Covid-19 e os casos diários registrados triplicaram nos últimos dias, também aumentaram suas restrições. O país acumula oficialmente mais de 28.400 mortes e 272.400 infecções.

Retorno do vírus

Em outras partes da Europa, que soma mais de três milhões de casos de contágio e 207.000 mortes, a situação também desperta preocupação. Na França, por exemplo, a circulação viral está "em forte alta", segundo as autoridades de saúde.

Muitos países já tornaram obrigatório o uso de máscara para aliviar os contágios. Fora das fronteiras da Europa, na Austrália, país cuja gestão da pandemia foi elogiada, houve dez mortes e um aumento de casos neste domingo, sobretudo no estado de Victoria, no sudeste do país. Na Coreia do Sul, também houve um crescimento significativo de infecções: 113 no sábado, entre elas, 86 pessoas procedentes do exterior.

Mais de 16 milhões de casos no mundo

O mundo passou de 16 milhões de infecções confirmadas pelo novo coronavírus neste domingo, metade delas no continente americano. Desde o início de julho, os contágios aumentaram vertiginosamente e já superam os cinco milhões de novos casos – ou seja, quase um terço do total registrado desde dezembro, quando surgiu a Covid-19, na China.

A pandemia já deixa mais de 645.000 mortos e graves consequências econômicas e sociais. "Nenhum país está livre", afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no sábado (25).

Nos Estados Unidos, o país mais atingido, com mais de 146.000 mortes e mais de quatro milhões de casos, a pandemia não recua. Agora, as regiões mais afetadas são os estados do sul e oeste do país, incluindo o Texas, que a partir de domingo também enfrenta a tempestade tropical Hanna.

Na América Latina e no Caribe, onde os casos ultrapassam 4,2 milhões e o número de óbitos está perto de 180.000, o Brasil concentra 2,4 milhões das infecções e mais de 86.000 mortes. Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro deu um passeio, visitou algumas lojas e conversou com apoiadores, após confirmar que está negativo para a Covid-19, à qual foi diagnosticado em 7 de julho.

"Não senti nada, nem mesmo no começo. Se não tivesse sido testado, nem saberia que estava infectado com o vírus", disse o presidente aos apoiadores.

Outros países da região, como Peru, ou Chile, iniciam progressivamente o relaxamento das medidas de quarentena. O Chile anunciou que o país passou de 13.000 mortes por coronavírus, incluindo casos prováveis, mas, no momento, as autoridades destacam que os números continuam em queda. O Equador, com mais de 80.000 casos relatados, estendeu até meados de agosto o estado de emergência em vigor desde março para conter o vírus.

Com informações da AFP e Reuters

 

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