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Alemanha lança primeiro estudo em larga escala sobre imunidade ao coronavírus

O estudo, realizado por seis institutos de pesquisa, todos públicos, analisará mais de 100.000 pessoas na Alemanha a partir da próxima semana. O suficiente para dar resultados confiáveis sobre o nível de imunidade da população ao vírus.

Instituto Robert Koch, em Berlim.
Instituto Robert Koch, em Berlim. AFP - JOHN MACDOUGALL
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Essa visão panorâmica de uma população tão grande é uma oportunidade rara em termos epidemiológicos. Segundo o site da France Info, que publicou a notícia, a ideia é ter uma imagem real da propagação do coronavírus.

Para realizar este estudo de larga escala, seis institutos de pesquisa, todos públicos, juntam forças e compartilham a tarefa. O diretor do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, em Berlim, na quinta-feira (9), deu mais detalhes sobre o estudo, que foi lançado em 27 de março e começará a ser executado na próxima semana.

Este é um trabalho ambicioso: será necessário colher amostras de sangue de mais de 100 mil pessoas em intervalos regulares. Os pesquisadores analisarão se eles produzem anticorpos para a Covid-19. Nesse ponto, o programa começará, portanto, com dois estudos conjuntos.

Resultados cruciais para o fim do confinamento

No primeiro, são coletadas até 15.000 amostras a cada 14 dias de doações de sangue. O segundo enfoca as quatro regiões mais afetadas na Alemanha pela Covid-19, com amostras de sangue representativas de cerca de 2.000 pessoas. Finalmente, um pouco mais tarde, no próximo mês, um terceiro estudo será iniciado: 15.000 pessoas em 150 locais aleatórios no país serão submetidas a esse teste de anticorpos.

Os resultados podem ser ricos em informações sobre a disseminação do vírus, e poderá determinar a verdadeira taxa de contaminação, que não é sabida hoje.

Será possível descobrir precisamente a proporção de pessoas assintomáticas que se imunizaram naturalmente, pessoas que ficaram completamente fora do radar. E, dependendo do número delas, seria possível dizer com mais precisão quais medidas tomar para retardar a propagação do vírus e como reabrir as escolas ou permitir a organização de eventos e comícios. 

Se tudo correr como esperado pelos pesquisadores, um primeiro resultado poderá estar disponível em maio, mas esse resultado ainda não será muito convincente. Será necessário mais tempo, provavelmente dois ou três meses, para obter um resultado mais preciso, de acordo com os pesquisadores. 

 

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