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Migrantes/Mediterrâneo

Mulher resgatada por navio humanitário sobreviveu à deriva com dois cadáveres no Mediterrâneo

Equipes de resgate da ONG espanhola Proactiva Open Arms descobriram os restos de uma embarcação à deriva com uma mulher ainda viva, e os corpos de outra mulher e um menino, durante uma patrulha marítima na costa da Líbia. Josepha, a sobrevivente, uma camaronesa de 40 anos, foi resgatada nesta terça-feira (17), em estado de choque.

Frame do vídeo dramático do resgate de uma camaronesa de 40 anos na costa da Líbia pelo navio Proactive Open Arms.
Frame do vídeo dramático do resgate de uma camaronesa de 40 anos na costa da Líbia pelo navio Proactive Open Arms. Reprodução Facebook
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Não é possível saber ainda o que aconteceu com os outros migrantes que provavelmente estavam a bordo da jangada. Na hora do socorro, a embarcação estava completamente vazia e apenas algumas tábuas ainda flutuavam a cerca de 80 milhas náuticas, a nordeste de Trípoli, capital líbia, segundo a ONG Proactive Open Arms.

A guarda costeira do país disse que resgatou 158 pessoas em um barco na segunda-feira (16), a 16 milhas náuticas de distância de Khoms, relativamente distante da área onde o barco foi encontrado.

Assista ao resgate dramático:

ONG espanhola Proactiva Open Arms salva mulher à deriva na costa da Líbia.
ONG espanhola Proactiva Open Arms salva mulher à deriva na costa da Líbia. Captura de vídep Proactiva

A mulher que sobreviveu é uma camaronesa de 40 anos chamada Josepha. Segundo a equipe médica a bordo, sua condição era estável, mas ela estava extremamente traumatizada e precisava de atendimento médico e psicológico "urgente". A equipe médica também recomendou uma transferência rápida dos dois cadáveres, já que os Open Arms não possuem material a bordo de refrigeração, especialmente para o corpo da outra mulher, aparentemente morto há várias horas antes, além do cadáver da criança.

O Open Arms e o Astral, os dois navios da ONG espanhola, retornaram nesta terça-feira da Líbia, após várias semanas de ausência. A Itália, que se recusa a sediar migrantes resgatados, e Malta, que proíbe que os navios humanitários atraquem, limitaram severamente a possibilidade de intervenção de ONGs na área.

O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, líder de extrema-direita da Itália, criticou o retorno dos navios humanitários com um tuíte: "Dois navios de ONGs espanholas retornaram ao Mediterrâneo esperando o envio de seres humanos. Que eles poupem tempo e dinheiro, porque verão os portos italianos apenas em cartão postal".

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