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Berlim/atentado

Grupo Estado Islâmico reivindica atentado em Berlim

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta terça-feira (20) o atentado em uma feira natalina em Berlim, onde um caminhão foi lançado contra a multidão, deixando 12 mortos e 48 feridos, informou a Amaq, a agência de propaganda da organização. O autor continua foragido.

Homenagem às vítimas do ataque em Berlim.
Homenagem às vítimas do ataque em Berlim. REUTERS/Fabrizio Bensch
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"Um soldado do EI executou a operação de Berlim, em resposta aos apelos de visar cidadãos de países da coalizão internacional" que luta contra o grupo, destacou a agência. A coalizão internacional, encabeçada pelos Estados Unidos e da qual participa a Alemanha, lança bombardeios aéreos sobre as posições do EI no Iraque e na Síria.

Na segunda-feira (19), um caminhão com placa da Polônia foi lançado deliberadamente sobre a multidão em uma feira natalina de Berlim, deixando pelo menos 12 mortos e 48 feridos. A chanceler alemã, Angela Merkel, já tinha confirmado mais cedo nesta terça-feira que o massacre resultou de um "ataque terrorista".

As reações de solidariedade se multiplicaram, da França aos Estados Unidos. "O combate sem piedade contra o terrorismo não deve afetar nem os valores, nem a forma de viver" das democracias, declararam o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, após conversa por telefone. O presidente russo, Vladimir Putin, se disse "chocado" com a "brutalidade e o cinismo" do ataque.

Autor de ataque está solto e pode ser perigoso

Um dia depois do atentado, a polícia berlinense liberou um paquistanês requerente de asilo, suspeito de ter sido o motorista, por falta de provas. As autoridades advertiram para a possibilidade de que o verdadeiro autor do ataque possa ser perigoso e estar armado.

Executado em um país que até agora não tinha sofrido atentados de grande magnitude, o ataque com um caminhão lembra, pelas circunstâncias, o cometido no balneário francês de Nice, há cinco meses, durante o feriado nacional de 14 de julho, e que deixou 86 mortos.

A procuradoria antiterrorista está a cargo das investigações e a polícia realizou buscas em um dos principais centros de refugiados de Berlim, no antigo aeroporto de Tempelhof, onde o suspeito pode ter se escondido.

Merkel é criticada por política de asilo

Antes de surgirem dúvidas da polícia sobre a identidade do suspeito, Angela Merkel considerou "que para nós seria particularmente difícil de suportar se for confirmado que esse ato foi cometido por uma pessoa que pediu proteção e asilo na Alemanha". Logo após o ataque, Angela Merkel recebeu uma enxurrada de críticas sobre sua política de imigração generosa.

"Esses são os mortos de Merkel!", denunciou em sua conta no Twitter um dos líderes do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AFD), Marcus Pretzell. "A Alemanha não é mais segura" face "ao terrorismo do Islã radical", acrescentou outro membro da AFD, Frauke Petry, questionando a decisão do chanceler de abrir as portas do país em 2015 para quase 900 mil refugiados que fugiam da guerra e da pobreza, originários principalmente do mundo muçulmano. Aproximadamente 300 mil chegaram em 2016.

A tragédia ocorreu perto da Igreja Memorial, monumento da capital alemã com seu campanário destruído pelos bombardeios na Segunda Guerra Mundial. Entre os mortos, seis eram alemães, segundo a Polícia. A identificação dos demais continua.

 

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