Hollande busca reconciliação com papa Francisco após tensões
O presidente francês, François Hollande, fará nesta quarta-feira (17) uma visita privada ao papa Francisco na residência Santa Marta, no Vaticano. O encontro está marcado para as 12h pelo horário de Brasília. A imprensa francesa se refere à visita como o "encontro da reconciliação", após uma série de desentendimentos entre o governo francês e a Santa Sé.
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Gina Marques, correspondente da RFI em Roma
O principal motivo da visita de Hollande ao papa Francisco é a morte do padre Jacques Hamel, no dia 26 de julho. O sacerdote foi degolado por dois jihadistas da organização terrorista Estado Islâmico (EI) quando celebrava uma missa na Normandia. Logo depois do assassinato, Hollande falou por telefone com o papa para "exprimir a dor do povo francês". Francisco apreciou a atitude e referiu-se ao líder socialista como um "irmão".
Em Roma, Hollande visitará também a igreja São Luís dos Franceses , no centro histórico da capital, para prestar uma homenagem a todas as vítimas do terrorismo.
Esta é a segunda vez que Hollande encontra o papa. Em janeiro de 2014, ele foi recebido pelo pontífice meses depois do Parlamento francês aprovar a lei que autoriza o casamento entre homossexuais. Após este encontro, Hollande disse que “Francisco é um papa útil”.
Em janeiro de 2015 , outra polêmica abalou as relações diplomáticas entre os dois Estados. Naquela ocasião, a França nomeou como embaixador na Santa Sé o diplomata Laurent Stefanini, homossexual declarado. O Vaticano rejeitou a indicação. Em maio de 2016, a França nomeou outro embaixador, o atual Philippe Zeller.
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