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Mediterrâneo/Naufrágio

Supostos traficantes de pessoas são presos após naufrágio no Mediterrâneo

A polícia italiana anunciou nesta sexta-feira (7) a detenção em Palermo, na ilha da Sicília, de cinco supostos traficantes de pessoas. Eles são acusados de ter organizado a viagem do barco que naufragou na costa da Líbia, na quarta-feira (5), e que provocou a morte de cerca de 200 migrantes. Os detidos são dois argelinos, dois líbios e um tunisiano, com idades entre 21 e 24 anos. Eles foram identificados por alguns dos 360 sobreviventes que chegaram na quinta-feira (6) a Palermo.

Os migrantes do barco naufragado são socorridos no Mediterrâneo
Os migrantes do barco naufragado são socorridos no Mediterrâneo REUTERS/Marta Soszynska/MSF
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De acordo com testemunhos dos sobreviventes, um dos supostos traficantes era o capitão do barco naufragado, enquanto os outros eram encarregados de evitar que os passageiros se movessem, inclusive por meio de violência.

Esses homens podem ser acusados de homicídio com circunstâncias agravantes e de ajuda à imigração clandestina. A polícia suspeita que eles transportavam cerca de 650 pessoas, que pagaram, cada uma, entre US$ 1.200 e US$ 1.800 para chegar à Europa.

Tensões são comuns

Nas embarcações de migrantes sobrecarregadas, as tensões são comuns entre os passageiros do convés e aqueles do porão, que pagam menos, mas que tentam subir para pegar um pouco de ar fresco, evitar os vapores de combustível e a água que entra pelo casco. Esses movimentos podem fazer com que o barco vire.

Na quarta-feira, a embarcação que naufragou na costa da Líbia foi rapidamente tomada pela água. Os imigrantes pediram ajuda, mas quando o navio irlandês chegou, várias horas mais tarde, um movimento brusco de todo o grupo virou o barco, que afundou rapidamente.

Uma operação de resgate envolvendo sete navios salvou cerca de 400 sobreviventes, mas também recuperou 26 corpos. Cerca de 200 outros passageiros, especialmente aqueles que não tiveram tempo de sair do porão, estão desaparecidos.

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