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Crise financeira

Grécia começa a semana com bancos abertos e imposto 10% mais alto

Os bancos da Grécia reabriram na manhã desta segunda-feira (20) depois de três semanas de portas fechadas para evitar saques massivos. Os gregos também começarão a semana enfrentando uma alta do imposto sobre o consumo, que salta de 13% para 23% em alguns setores.

A Grécia reabre seus bancos nesta segunda-feira. O limite máximo de saque por semana passa à ser de €420 em vez dos €60 por dia.
A Grécia reabre seus bancos nesta segunda-feira. O limite máximo de saque por semana passa à ser de €420 em vez dos €60 por dia. REUTERS/Stefanos Rapanis
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O aumento de 10% na tributação incide sobre os alimentos não perecíveis e sobre os restaurantes, além de táxis e produtos industriais como preservativos, e serviços, como os de funerárias. O setor de hotelaria, vital para a economia do país, segue intocado em sua taxa de 13%. Por outro lado, medicamentos, livros e espetáculos tem o imposto reduzido a 6%. Com estas modificações, o governo grego espera arrecadar € 795 milhões a mais neste ano e € 2,4 bilhões em 2016.

A reabertura dos bancos não altera as restrições e o controle de capital em vigor há três semanas. Um limite máximo de saque de € 60 por dia e a restrição de pagamentos no exterior seguem em vigor, mas agora com alguma flexibilidade.

Os gregos poderão recomeçar a utilizar seus cartões de crédito para as compras no exterior. Além disso, algumas exceções foram criadas em relação ao controle de capitais: será possível, por exemplo, fazer transferências de até € 5 mil por trimestre para jovens gregos que estudam no exterior. Já pessoas que realizam tratamento médico no exterior poderão levar € 2 mil para fora do país.

Semana decisiva para Tsipras

Para o resto, o controle continua. Os gregos não podem transferir dinheiro ao exterior, sacar grandes quantias nem abrir novas contas no seu país. As medidas devem impedir o enfraquecimento dos bancos gregos, mas também estrangulam a economia: o controle de capitais já custou cerca de € 3 bilhões à Grécia.

Louka Katseli, presidente da União dos Bancos Gregos, pediu que os clientes mantenham a calma e que depositem suas economias para sustentar a solidez do sistema. Ela lembrou ainda que cerca de € 40 bilhões haviam sido sacados dos bancos gregos desde dezembro, degradando consideravelmente a saúde financeira do país.

A semana também será decisiva no plano político, principalmente para o primeiro-ministro Alexis Tsipras. O acordo fechado com Bruxelas exige que sejam votadas até quarta-feira reformas do judiciário e da legislação bancária. Segundo o jornal Avgi, que apoia o partido Syriza, Tsipras quer transformar a votação em uma moção simbólica de confiança em seu governo. O diário também diz que o chanceler pretende renunciar caso as defecções aumentem dentro do partido.

 

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