Julian Assange, criador do Wikileaks, aceita ser interrogado em Londres pela justiça sueca
Julian Assange, fundador do site Wikileaks, vai aceitar a proposta de ser interrogado por magistrados suecos na embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há quase mil dias. A justiça sueca emitiu um mandado de prisão em novembro de 2010 contra o australiano por agressão sexual.
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"A promotora Marianne Ny enviou um requerimento aos advogados de Julian Assange para saber se aceitaria depor em Londres e passar por um exame de DNA", afirma um comunicado da justiça sueca. O anúncio representa uma mudança da justiça sueca, que até então era contrária às demandas de Assange de prestar depoimento em Londres.
“Vamos cooperar com a investigação – ele vai aceitar”, declarou à agência France Presse o advogado sueco de Assange, Per Samuelsson. Ele acrescentou que seu cliente estava “contente” com o avanço do processo que investiga acusações de estupro, as quais Assange sempre negou.
O fundador do WikiLeaks vive recluso em um apartamento da embaixada depois de ter todos os recursos juríricos esgotados para escapar de uma mandado de extradição emitido pela Suécia, onde ele é acusado de abusar sexualmente de duas mulheres.
Várias das acusações contra Assange prescrevem em agosto próximo.
Vazamentos
Assange teme que da Suécia ele possa ser deportado para os Estados Unidos onde responderia um processo pelo vazamento de documentos confidenciais do governo americano. O Wikileaks publicou 250 mil comunicações diplomáticas americanas e 500 mil relatórios militares secretos.
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