Suspeita de espionagem dos EUA é "grave", diz Angela Merkel
Em visita à China, a chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou nesta segunda-feira (7) de "grave" a informação de que um agente da inteligência alemã trabalhava como espião para os Estados Unidos e exigiu uma resposta "rápida" de Washington. O agente teria transmitido mais de 200 documentos confidenciais para o Estados Unidos, informou ontem a imprensa local.
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O homem de 31 anos foi preso na quarta-feira, suspeito de ter sido contratado pelos americanos para investigar uma comissão parlamentar de inquérito que apura as suspeitas de espionagem da agência americana NSA, reveladas pelo técnico em informática Edward Snowden no ano passado.
Angela Merkel afirmou que, se confirmada a espionagem, isso configuraria "evidente contradição com o que se pode chamar de cooperação de plena confiança entre agências e parceiros". Nesta segunda-feira, em Pequim, a chanceler participou da assinatura de diversos acordos envolvendo a divisão de helicópteros da Airbus, que vendeu cerca de 120 aparelhos a empresas chinesas.
Crise política
A Casa Branca e o Departamento de Estado norte-americano ainda não se pronunciaram sobre a prisão. Mas certamente, o caso será um novo teste para as relações entre os dois países, abaladas desde os vazamentos de Snowden.
Em visita à Mongólia, o chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que, "caso as suspeitas de envolvimento do serviço secreto americano se confirmem, estaremos diante de um escândalo político e as coisas não continuarão como estão".
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