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Ucrânia/Crise política

EUA oferecem US$ 1 bilhão à Ucrânia; bolsas sobem

Os Estados Unidos ofereceram hoje US$ 1 bilhão à Ucrânia no âmbito de um plano de ajuda internacional para o país recuperar sua economia, enfraquecida pela crise política com a Rússia. O anúncio foi feito por funcionários americanos que acompanham o secretário de Estado John Kerry em sua visita à capital ucraniana.

O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou a Kiev nesta terça-feira (4) para expressar o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou a Kiev nesta terça-feira (4) para expressar o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. REUTERS/Kevin Lamarque/POOL
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A União Europeia (UE) deve anunciar nesta quarta-feira seu pacote de ajuda econômica a Kiev. O comissário europeu de Energia, Gunther Oettinger, adiantou hoje que a UE vai ajudar a Ucrânia a pagar sua dívida de US$ 2 bilhões de gás adquirido da Rússia e poderá igualmente fornecer gás aos ucranianos.

De acordo com o novo governo interino pró-europeu, a Ucrânia necessita de US$ 35 bilhões nos próximos dois anos para enfrentar a redução das subvenções russas no setor de energia. Por outro lado, a ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, declarou que a Rússia teria aceitado participar de uma reunião, amanhã, com representantes da OTAN.

Sob ameaça de sanções econômicas e diplomáticas dos Estados Unidos, o presidente russo, Vladimir Putin, fez hoje a primeira declaração pública desde a destituição do presidente ucraniano Viktor Yanukovitch, há dez dias. Putin, que ordenou uma intervenção militar na Crimeia, península ucraniana de maioria russa, disse que por enquanto o uso da força militar na região não é necessário. Mas reiterou que se for o caso, não vai hesitar em usar sua capacidade ofensiva.

Em entrevista à imprensa, o líder russo denunciou um golpe de Estado "inconstitucional" na ex-república soviética. Segundo Putin, os grupos armados que "tomaram o controle" da Crimeia são "forças locais de autodefesa" e não soldados russos.

O recuo de Moscou acontece no dia seguinte que os Estados Unidos suspenderam a cooperação militar com a Rússia, com o objetivo de pressionar Putin a acabar com a intervenção na Crimeia, considerada uma violação do direito internacional. O presidente americano, Barack Obama, disse que a Rússia "está do lado errado da história".

Bolsas sobem após declarações de Putin

Os mercados financeiros receberam as declarações de Putin com alívio. Depois de registrar quedas bruscas por causa da crise ucraniana, a Bolsa de Valores de Londres ganhava 1% no início da tarde de hoje, enquanto Paris e Frankfurt operavam acima de 2%. A bolsa de Moscou também recuperou 5%, após a derrocada de 10% desta segunda-feira.

Putin negou que as tropas russas façam cerco aos quartéis do governo ucraniano na Crimeia, mas a guerra de nervos entre os pseudo-beligerantes continua com ultimatos de ataque armado de ambas as partes.

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