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Papa/Igreja Católica

Papa Francisco visita basílica e dá sinais de simplicidade

O papa Francisco fez hoje cedo sua primeira aparição pública depois de surpreender o mundo ontem à noite ao se tornar o primeiro líder da igreja católica originário da América Latina, e jesuíta. Ele foi rezar na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O novo líder católico estava acompanhado, entre outros, pelo secretário particular de seu predecessor, Bento 16. Conforme a sua imagem de homem modesto, ele chegou em um carro sem a placa reservada ao Sumo Pontífice.

O Papa Francisco, eleito nesta quarta-feira (13) o novo pontífice da Igreja Católica, visitou na manhã desta quinta-feira (14) a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
O Papa Francisco, eleito nesta quarta-feira (13) o novo pontífice da Igreja Católica, visitou na manhã desta quinta-feira (14) a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. REUTERS/Osservatore Romano
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O papa passou a noite na casa Santa Marta, onde estão alojados todos os cardeais que participaram do conclave. Segundo um fotógrafo que testemunhou a cena, o papa Francisco teria se recusado a entrar no carro que o esperava ontem à noite e preferiu pegar uma van junto com os outros cardeais. A visita na manhã desta quinta-feira, à Basílica papal de Santa Maria Maggiore, foi uma vontade do próprio Sumo Pontífice, que quis dedicar as suas primeiras orações à Nossa Senhora, antes de iniciar o pontificado. O Bispo de Roma entrou por uma porta lateral da Igreja. Ele acenou para um pequeno grupo de estudantes, curiosos e jornalistas. Ao sair, o novo pontífice também preferiu a mesma porta do edifício.

O primeiro papa latino americano vai celebrar seu primeiro Angelus neste domingo e será oficialmente entronizado em uma cerimônia na Basílica de São Pedro, na próxima terça-feira. As cinco horas da tarde desta quinta-feira, no horário local, ele deve participar de uma missa na Capela Sistina, junto com os 114 cardeais que o elegeram. A cerimônia não será aberta ao público.

Reações pelo mundo

Ao redor do mundo, líderes de países, católicos ou não, comemoram a escolha do novo papa, ressaltando principalmente sua origem latino-americana. A escolha do primeiro papa das Américas foi saudada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, falou de uma escolha audaciosa enquanto que a primeira-ministra australiana, uma ateia convicta, destacou uma eleição histórica de um papa do Novo Mundo.

A chanceler alemã Angela Merkel, de origem protestante, espera que o papa sul-americano oriente o mundo não somente sobre questões ligadas à fé, mas também à paz e à justiça. O palestino Mahmoud Abbas já convidou o novo líder da Igreja Católica a visitar Belém, berço do cristianismo. Líderes e religiosos africanos consideram a nomeação inédita de um papa do sul positiva para a África e um sinal de abertura da Igreja para o mundo.

A escolha do arcebispo de Buenos Aires foi recebida com entusiasmo na América Latina. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, desejou ao conterrâneo um "trabalho pastoral frutuoso na busca de justiça, igualdade, fraternidade e paz". A presidente brasileira Dilma Rousseff, ressaltou que os fiéis aguardam com impaciência a visita do papa Franciso ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, em julho, que irá reforçar os laços que ligam o Brasil ao Vaticano. Associações católicas progressistas esperam que o novo papa siga o exemplo de São Francisco e reforme a Igreja.

 

 

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