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Itália

Terremoto na Itália deixa 7 mortos e 5.000 desabrigados

Na manhã desta terça-feira, na região de Emilia Romagna, no norte da Itália, o primeiro-ministro Mario Monti foi vaiado por um grupo de pessoas durante uma visita aos desabrigados. As vaias foram uma forma de manifestar revolta com o plano de austeridade do governo. Monti esteve ontem em Ferrara, uma das maiores da região, atingida no domingo pelo terremoto de 5,1 na escala Richter.  

Milhares de desabrigados dormem em tendas improvisadas no nordeste da Itália, nesta segunda-feira.
Milhares de desabrigados dormem em tendas improvisadas no nordeste da Itália, nesta segunda-feira. REUTERS/ Giorgio Benvenuti
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Gina Marques, correspondente da RFI na Itália

O governo italiano vai decretar estado de emergência para dar cobertura financeira, socorro e assistência às pessoas e empresas afetadas pelo terremoto do domingo passado.

Má notícia, a terra não deve parar de tremer tão cedo, na região. Desde domingo, foram mais de 120 réplicas, algumas muito fortes, cuja magnitude superou 4 graus da escala Richter. Os tremores agravam o perigo de novos desabamentos.

Além dos 7 mortos e 47 feridos, o terremoto deixou quase cinco mil desabrigados. Pela segunda noite consecutiva, centenas de pessoas dormiram em abrigos temporários providenciados pelas autoridades. Nas várias cidades atingidas, a proteção civil instalou tendas com camas, mesas e cadeiras. Muitos preferiram dormir dentro dos próprios carros para vigiar as casas e protegê-las de eventuais saqueadores, mas considerando que a previsão indica que os tremores podem durar semanas, estas pessoas já começam a aceitar a ideia de dormir em abrigos.

Patrimônio devastado

Os danos ao patrimônio artístico e cultural são enormes, com diversos castelos e igrejas destruídos ou com suas estruturas abaladas. Os especialistas ainda não forneceram uma avaliação com valores oficiais.

A associação dos fabricantes de queijo parmesão estima um prejuízo de 200 milhões de euros. Trata-se de uma das regiões mais industrializadas e povoadas do país. Como em outros terremotos na Itália, há polêmica sobre as construções recentes que desabaram, provavelmente porque não respeitaram as normas antissísmicas. Um exemplo: dos sete mortos deste último terremoto, três eram operários que trabalhavam em uma fábrica quando o teto desabou sobre eles. A fábrica foi construída há doze anos. Segundo os geólogos, a Itália sofre cerca de 2.000 terremotos por ano. Metade da península corre alto risco. Mesmo assim, a Itália ainda carece de prevenção e de construções antissísmicas.

 

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