Para reduzir despesas, governo espanhol obriga aposentados a pagar por remédios
O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira novas medidas de austeridade para conter seus gastos públicos. Desta vez, os setores da saúde e educação são atingidos com cortes que visam economizar 10 bilhões de euros por ano. As medidas são anunciadas após uma reunião do Conselho de Ministros, em Madri.
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Na saúde o governo prevê economias de 7 bilhões de euros e, para isso, adotou várias medidas impopulares, entre elas, a que prevê o pagamento de medicamentos pelos aposentados. A decisão contraria o compromisso do chefe de governo, o conservador Mariano Rajoy, que havia prometido manter o poder aquisitivo dos aposentados espanhóis, apesar da crise. Segundo Rajoy, trata-se de pedir um “esforço” da população diante da falta de dinheiro para pagar as despess públicas.
Os aposentados que antes não pagavam nada, agora terão que cobrir 10% das despesas na farmácia, mas com um limite de até 18 euros, cerca de 41 reais, de acordo com seus recursos.
Atualmente, os espanhóis não pagam para ir ao médico e desembolsam apenas uma parte gasta nos remédios. De acordo com as novs medidas, eles terão que desembolsar 60% dos valor dos medicamentos e não mais 40%. O aumento também depende da situação financeira de cada um.
Em relação à educação, o governo espera arrecadar 3 bilhões de euros. Para isso vai autorizar as regiões autônomas a reajustar os valores das matrículas nas universidades em até 50%, o que fará o gasto médio subir de 1.000 euros para 1.500 euros. O governo também autoriza um aumento de 20% no número de estudantes em cada turma.
A oposição socialista já anunciou que rejeita totalmente essas novas medidas de austeridade.
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