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Espanha/Greve

Greve geral paralisa parcialmente a Espanha

Uma greve geral paralisou parcialmente a Espanha nesta quinta-feira em protesto convocado pelas principais centrais do país contra as reformas na lei trabalhista e as medidas previstas no plano de austeridade para conter os gastos públicos. Manifestações levaram milhares de pessoas às ruas de Madri e confrontos entre jovens e a polícia foram registrados em Barcelona, segunda principal cidade do país.

Manifestantes enfrentam a polícia espanhola durante greve geral em Madri nesta quinta-feira.
Manifestantes enfrentam a polícia espanhola durante greve geral em Madri nesta quinta-feira. REUTERS/Juan Medina
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Com bandeiras e cartazes com frases como “Reforma trabalhista, NÃO”, os grevistas fizeram piquetes nas portas de fábricas, grandes lojas de departamentos e bancos. Muitas estações de metrô na capital ficaram fechadas e a paralisação atingiu também a rede de ônibus e trens. Em Madri, cerca de 30% da rede de transportes públicos estaria funcionando.

O impacto da greve foi limitado em função de um acordo entre governo e centrais sindicais para garantir um serviço mínimo nos serviços públicos e também pela decisão de muitos trabalhadores de não aderir ao protesto com medo de perder o emprego diante de um contexto econômico difícil.

Os organizadores da greve consideram a mobilização como um grande sucesso. Para o ministério do Interior, o movimento tem pouca adesão.

Em Barcelona, na região noroeste, incidentes aconteceram durante intervenção da polícia para conter incêndios em lixeiras provocados por grupos de jovens antes mesmo da grande manifestação prevista para esta noite na cidade. Trinta pessoas foram detidas nos distúrbios.

As principais centrais sindicais do país convocaram a greve geral para denunciar as reformas das leis trabalhistas aprovadas em fevereiro para combater o desemprego que atinge 22,85% da população economicamente ativa.

Segundo os sindicatos, as mudanças vão agravar a situação do desemprego. O próprio governo já anunciou que pretende reduzir 630 mil postos de trabalho em 2012 e prevê um aumento do índice de desemprego que pode chegar a 24,3% no final do ano.

A greve foi programada em um momento crítico para o chefe de governo, Mariano Rajoy, que completa 100 dias no cargo e está sob vigilância cerrada dos parceiros europeus que fazem pressão para a Espanha reduzir seu déficit público.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Ministros vai apresentar um projeto de orçamento para 2012 considerado severo pelo próprio Rajoy já que prevê profundos cortes de despesas do governo. O objetivo é atingir a meta de reduzir o déficit para 5,3% do PIB este ano após ter ultrapassado 8% no ano passado.

 

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