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Itália/Naufrágio

Comandante do Costa Concordia é transferido para prisão domiciliar

O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, deixou na madrugada desta terça-feira a prisão de Grosseto, na região central da Itália, e foi transferido para sua casa onde vai cumprir prisão domiciliar.  As buscas pelos 28 desaparecidos no naufrágio do transatlântico foram interrompidas na manhã de hoje devido ao mau tempo na ilha de Giglio. 

Imagem de vídeo captou o momento em que o comandante Francesco Schettino (centro) foi detido em sua casa, no dia 17 de janeiro.
Imagem de vídeo captou o momento em que o comandante Francesco Schettino (centro) foi detido em sua casa, no dia 17 de janeiro. REUTERS
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Escoltado por policiais, o comandante do Costa Concordia chegou à sua casa na cidade de Meta di Sorrento, no sul do país, por volta das 2h no horário local e entrou por um acesso lateral para escapar da imprensa. A transferência de Schettino para o regime de prisão domiciliar foi criticada por juízes do Ministério Público. Eles não entendem essa decisão, pois haviam defendido que ele ficasse na prisão. 

Ontem, em um depoimento de três horas à polícia, o comandante disse não ter abandonado o navio e sim ter "salvado milhares de vidas" ao se aproximar da costa. No entanto, a divulgação do diálogo entre Schettino e a capitania do porto de Livorno, logo depois que o navio bateu num rochedo e ele abandonou passageiros e tripulação para trás, não deixa margem à dúvida. Ele desobedeceu a todos os apelos para voltar a bordo. Schettino vai responder a processo por homicídios múltiplos por imprudência, naufrágio e abandono de navio.

As equipes de resgate continuam à procura de mais corpos. Segundo a mais recente recontagem feita pelas autoridades locais, 28 pessoas ainda estão desaparecidas (24 passageiros e quatro tripulantes), a maioria europeus. Até o momento foram confirmadas as mortes de onze pessoas. O Costa Concordia transportava 4.229 pessoas entre passageiros e tripulantes.

Retirada de combustível é prioridade

Funcionários da empresa holandesa encarregada de retirar cerca de 2.400 toneladas de combustível do navio Costa Concordia já estão no local, mas o trabalho deverá durar pelo menos três semanas. As autoridades italianas querem evitar um desastre ecológico maior, como uma maré negra, mas as condições do tempo no local são instáveis. A previsão é de que o mar, que esteve relativamente calmo nas últimas horas, fique revolto com ondas de 1 a 2 metros de altura, prejudicando o trabalho de retirada do combustível.

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