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Grécia/Crise

FMI cobra redução do setor público na Grécia

O FMI alertou o governo grego que o recurso sistemático ao aumento de impostos para combater o déficit público chegou a um limite no país. O Fundo está cobrando reformas estruturais na administração pública grega. Hoje, o ministro das Finanças da Grécia, Evangélos Venizélos, admitiu que a semana será muito difícil para Atenas.

O ministro grego das Finanças, Evangélos Venizélos.
O ministro grego das Finanças, Evangélos Venizélos. REUTERS
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Venizélos participa, na tarde desta segunda-feira, de uma vídeoconferência com representantes do trio europeu para a crise, o grupo formado pela União Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu. Os ministros das Finanças da zona do euro decidiram, na sexta-feira, adiar em um mês o repasse da ajuda financeira ao país. 

Durante um seminário nesta manhã, num balneário próximo de Atenas, técnicos do FMI pressionaram a Grécia a promover reformas estruturais, a começar pela criação de um sistema de arrecadação de impostos eficiente. Combatendo as fraudes, o governo grego terá dinheiro em caixa e poderá até reduzir os impostos, num segundo momento, para relançar a atividade econômica. Segundo projeções do FMI, a Grécia continuará em recessão no ano que vem, com uma retração do PIB de 2,5%, antes de uma possível retomada do crescimento em 2013.

Venizélos reconhece que chegou o momento de tomar decisões históricas. "Caso contrário, os gregos terão de se submeter a condições de vida ainda mais dolorosas", declarou o ministro. O FMI pressiona Atenas a cumprir as promessas do segundo pacote de austeridade, acertado em julho. Com isso, o governo grego deve começar a demitir servidores, reduzir e congelar salários e aposentadorias, além de aumentar impostos como o do gás para aquecimento doméstico, nas vésperas do inverno.

Venizélos reafirmou que Atenas vai cumprir a promessa feita aos europeus e ao FMI de reduzir o déficit público a 1,8 bilhão de euros em 2011, uma meta aparentemente modesta se comparada aos 11 bilhões de euros de défcit de 2010 e aos 24 bilhões de 2009. O problema é que, após dois anos de sangria no orçamento do Estado, a margem de manobra é pequena.

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