Desemprego dispara entre jovens italianos

A Itália registra uma das maiores taxa de desemprego da Europa entre os jovens de menos de 35 anos, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Confartigianato, a Federação Italiana de pequenas empresas. O resultado é surpreendente, já que, de uma maneira geral, a Itália possui um dos menores índices de desemprego do continente.

Manifestação na Itália contra a política de Berlusconi.  L'école n'est pas à vendre 

A pesquisa revela mostra que existem 1 milhão de jovens desempregados no país, o que representa uma taxa de 15,9%, um recorde europeu. Entre 2008 e 2011, no auge da crise econômica, cerca de 1000 jovens perderam o emprego. A maior parte deles vive no sul, na região de Mezzogiorno, onde 538 mil não trabalham, o equivalente 21,1% da população. Na Sicília, a situação ainda é mais preocupante : 28% do habitantes com menos de 35 anos estão sem trabalho. A taxa é ainda maior na faixa dos 15 aos 24 anos, de acordo com dados do Instituto Europeu Eurostat, e chega a 27,8%. A média europeia é de 20,3%.

Um outro estudo, publicado pelo Instituto de Pesquisa Datagiovani, confirma a situação difícil dos jovens italianos e mostra o pessimismo da nova geração. Apenas 47% espera obter um contrato fixo nos próximos anos. A maioria está disposta a mudar de país para conseguir um emprego, ou aceitaria qualquer tipo de trabalho, independentemente do horário ou das condições. De acordo com o Instituto, a maior parte dos jovens acredita que não encontrará um emprego que esteja à altura de sua qualificação.

A expectativa salarial também é baixa diante da crise no continente. Em 2007, mais de 50% dos jovens italianos considerava que era possível ter um salário de pelo menos mil euros por mês. Em 2011, segundo a pesquisa, apenas 20% apostam nessa possibilidade.