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Inglaterra/ violência

Dez dias após distúrbios, premiê visita Tottenham

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, visitou hoje pela primeira vez o bairro de Tottenham, no norte de Londres, desde que se iniciaram os tumultos urbanos nas principais cidades da Inglaterra. Os distúrbios começaram nesta região, no dia 6, e se espalharam para outros bairros londrinos e também para Birmingham, Manchester e Liverpool, entre outras.

Primeiro-ministro britânico, David Cameron, encontrou-se com famílias atingidas pela onda de violência, iniciada no bairro de Tottenham.
Primeiro-ministro britânico, David Cameron, encontrou-se com famílias atingidas pela onda de violência, iniciada no bairro de Tottenham. Reuters
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Cameron encontrou-se com comerciantes e habitantes vítimas de violência durante os quatro dias de quebra-quebra. “Visitei vários lugares no país para ouvir (a população), mas foi aqui que tudo começou”, declarou o premiê, diante de um posto de urgências médicas.

“A morte trágica de Mark Duggan deixou as coisas mais difíceis por aqui”, explicou Cameron, ao justificar a demora em visitar Tottenham. Ele se referia à morte de um homem de 29 anos pela polícia, ocorrida no dia 4 de agosto, e que foi o estopim das revoltas. Uma investigação está em curso para determinar as circunstâncias do ocorrido.

O primeiro-ministro também foi a um centro de distribuição de roupas e comida para pessoas que ficaram desabrigadas após terem suas casas incendiadas durante a onda de violência. Nenhum jornalista pôde acompanhar o encontro dele com mais de cinquenta famílias atingidas pelos distúrbios. Além disso, cerca de 100 estabelecimentos comerciais foram destruídos ou saqueados no bairro.

Presente, o deputado trabalhista de Tottenham David Lammy – opositor ao partido de do preimê, o Conservador – disse que “é muito importante que Cameron encontre as pessoas diretamente afetadas” pelos transtornos.

Nesta manhã, o vice-primeiro-ministro, o liberal-democrata Nick Clegg, anunciou a criação de um comitê para recolher depoimentos de vítimas da violência, que vai divulgar um relatório após seis a nove meses de trabalho. “Não será uma comissão de investigação pública, mas vai permitir às vítimas e às comunidades de serem ouvidas”, explicou Clegg, em coletiva de imprensa. Ele demonstrou a intenção de obrigar os autores dos distúrbios a se encontrarem com as vítimas e a limparem os bairros alvos de depredação.

O prejuízo das quatro noites de destruição é estimado em 200 milhões de libras (523 milhões de reais) pela Associação de Seguradoras Britânicas. No total, 400 pequenos estabelecimentos comerciais ingleses foram atacados, entre eles 30 que ficaram completamente destruídos por incêndios.

O governo desbloqueou 20 milhões de libras (52 milhões de rais) de ajuda de urgência para os prejudicados, e pediu aos bancos para facilitarem o acesso excepcional ao crédito para essas pessoas.
 

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