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Zona euro/ crise

Reunião da zona euro debate contágio da crise econômica

Os presidentes do Eurogrupo, do Conselho, da Comissão e do Banco Cental europeu, além do comissário para Assuntos Econômicos da União Europeia, reúnem-se pela manhã, em Bruxelas, para acertar o passo sobre como pressionar os 17 ministros das Finanças da zona euro a encontrar uma solução financeira para a Grécia, durante uma segunda reunião que acontecerá à tarde.

Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central europeu, participa da reunião preliminar das lideranças da zona euro antes do encontro com os 17 ministros das Finanças, à tarde.
Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central europeu, participa da reunião preliminar das lideranças da zona euro antes do encontro com os 17 ministros das Finanças, à tarde. REUTERS/Moritz Erbs
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Por enquanto, não existe qualquer sinal de entendimento entre os Estados que adotam o euro em relação a mais um plano de ajuda financeira aos gregos, sem o qual o país corre o risco de ir à falência. Paris e Berlim, as maiores potências econômicas do grupo e principais financiadoras do primeiro plano de salvamento da Grécia, desejam incluir a participação do setor privado, mas ainda não concordaram sobre que papel os bancos, as seguradoras e os fundos de pensão podem ter no novo plano.

A segunda maior preocupação das lideranças econômicas europeias se refere ao risco de contágio das crises grega e portuguesa em direção a outras economias. Desde sexta-feira, é a Itália que se encontra na linha de mira das agências de notação internacionais, depois que foi ao mercado financeiro avaliar um empréstimo para pagar sua dívida colossal de 1 trilhão e meio de euros.

Resultado imediato: as taxas das obrigações italianas decolaram e a Bolsa de Milão despencou 3,47%. Os mercados também têm reticências sobre a capacidade de o ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, conseguir cumprir o programa de rigor econômico proposto pelo governo, já que ele próprio encontra-se em plena crise política com o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi.

Durante o final de semana, uma denúncia de corrupção envolvendo Tremonti alimentou especulações sobre o futuro do ministro no cargo. A notícia vem em mau momento, já que ele é o homem de confiança dos europeus no governo italiano, em contraponto a Berlusconi, envolvido em diversos escândalos.

Na manhã desta segunda-feira, os bônus a longo prazo de Espanha e Itália alcançaram os maiores níveis desde a introdução da moeda única europeia, um sinal da desconfiança dos investidores e do temor de propagação da crise da dívida.

Os títulos da Espanha a 10 anos alcançaram 5,79% na manhã desta segunda-feira e os da Itália 5,451%.

 

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