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Zona Euro/Crise

Trichet descarta falência do euro

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, tentou hoje afastar os rumores de que a sobrevivência do euro, a moeda única europeia, estaria ameaçada. Durante entrevista coletiva em Paris, Trichet afirmou que a crise atual não é uma crise monetária, mas sim um problema de política orçamentária.

O presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Paris.
O presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Paris. Reuters
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O presidente do BCE reúne-se esta tarde em Paris com o presidente Nicolas Sarkozy. Na coletiva concedida durante a manhã, Trichet se referiu ao desequilíbrio das contas públicas de Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha como um problema maior para o bloco. Os elevados déficits orçamentários desses países desafiam o pacto de estabilidade da União Europeia, que estipula um déficit no orçamento de no máximo 3% do PIB e uma relação dívida/PIB que não ultrapasse 60%. O presidente do BCE fez um apelo para que os países da zona euro redobrem os esforços para reduzir seus déficits. Ele acrescentou que a França também deve fazer progressos para equilibrar as contas públicas.

Interrogado sobre a crise na Irlanda, Trichet se recusou a confirmar se o BCE estaria comprando títulos da dívida de países como Irlanda e Portugal para estabilizar a zona euro. Porém, operadores de mercado afirmam que o banco central continuava, nesta sexta-feira, comprando títulos da dívida portuguesa e irlandesa, em operações que poderiam somar entre 3,5 e 5 bilhões de euros.

Trichet se encontra no final da tarde com o presidente Nicolas Sarkozy, no Palácio do Eliseu, seda da presidência francesa em Paris. O encontro acontece no dia seguinte à decisão do BCE de manter suas medidas excepcionais de política monetária. A instituição estendeu o dispositivo de refinanciamento aos bancos da região com taxa fixa e montante ilimitado até abril de 2011. A principal taxa de juros do BCE também foi mantida em 1%.

Menos otimista que seu colega europeu, o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss Kahn, afirmou ontem que a União Europeia não deve subestimar a importância da crise da dívida nos países do bloco. Strauss Kahn também anunciou que a reforma do sistema monetário internacional será uma das prioridades do Fundo em 2011.

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