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futebol/racismo

Chelsea quer enviar torcedores racistas para conhecer ex-campo nazista na Polônia

Em vez de proibir torcedores que entoam canções racistas e antissemitas do estádio, o clube inglês gostaria de mandá-los numa "excursão educativa" ao ex-campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.

O presidente do Chelsea, Bruce Buck, disse que educar os racistas no ex-campo de concentração de Auschwitz (foto) pode "fazê-los querer se comportar melhor".
O presidente do Chelsea, Bruce Buck, disse que educar os racistas no ex-campo de concentração de Auschwitz (foto) pode "fazê-los querer se comportar melhor". REUTERS/Kacper Pempel
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Privilegiar a educação, em vez de repressão. Confrontado com problemas recorrentes de racismo nas fileiras dos seus apoiantes, o Chelsea quer colocar em prática uma solução original para remediar este mal.

Em vez de acabar com as proibições de atos racistas no estádio, que parecem não resolver o problema em Stamford Bridge a longo prazo, a liderança do time quer enviar seus fãs problemáticos e autores de canções racistas e antissemitas – conhecidos como hooligans -, para visitar Auschwitz, o famoso campo de concentração nazista na Polônia.

O jornal britânico The Guardian afirmou que o dono russo do Chelsea FC, Roman Abramovich, é o autor desta ideia. De confissão judaica, o líder gostaria de educar os hooligans e torná-los conscientes da gravidade de suas observações. "Se você simplesmente banir as pessoas, nunca mudará o comportamento delas", disse o presidente do time, Bruce Buck, ao tabloide The Sun.

"No passado, este tipo de torcedor seria excluído do público e banidos do estádio por dois ou três anos. Hoje nós dizemos a eles: "Você fez algo errado. Você tem a escolha. Podemos bani-lo ou você passar um tempo com nossos funcionários da diversidade para entender o que você fez de errado", diz Bruck.

Segundo o jornal francês Le Figaro, o Chelsea tem sido particularmente ativo na luta contra o racismo e o antissemitismo. Em junho, ele organizou uma visita de um dia ao antigo campo de concentração e extermínio na Polônia, onde em cinco anos mais de um milhão de pessoas morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

"Estamos simplesmente tentando reduzir o antissemitismo neste mundo. Com o tempo, esperamos fazer uma contribuição realmente positiva para a sociedade ", comentou Bruce Buck.

"Se você simplesmente banir as pessoas, elas não mudarão. Essa política lhes daria a chance de se dar conta do que disseram ou fizeram e se comportar de uma maneira melhor no futuro", concluiu o presidente do Chelsea.

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