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Copa de 2018

Presidente da Fifa diz que Copa da Rússia é a melhor da história e ri ao falar de Neymar

O Mundial na Rússia foi um estrondoso sucesso na opinião do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Além de muitos elogios à organização do evento, ele também fez um balanço positivo da utilização da arbitragem de vídeo e comentou com bom humor a polêmica envolvendo o jogador Neymar.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, assiste a uma coletiva de imprensa no Estádio Luzhniki, em Moscou, na Rússia, em 13 de julho de 2018.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, assiste a uma coletiva de imprensa no Estádio Luzhniki, em Moscou, na Rússia, em 13 de julho de 2018. REUTERS/Sergei Karpukhin
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Enviado especial a Moscou

Além do bom futebol apresentado pelas seleções, Infantino citou vários números que traduziram a “melhor Copa de todos os tempos”. De acordo com a Fifa, 98% dos estádios foram ocupados durante os jogos e mais de um milhão de torcedores vieram à Rússia prestigiar suas equipes.

Infantino revelou ainda que 7 milhões de pessoas acompanharam jogos nas "Fan Fests" e a organização local garantiu um nível de segurança e infraestrutura irrepreensível. “Foi uma Copa sem nenhum erro, isso é sem precedentes”, afirmou.

Lembrado que a Rússia é um país que enfrenta muitos problemas com a comunidade internacional desde a anexação da Crimeia e temas relacionados aos direitos humanos, Infantino não quis entrar em temas políticos e preferiu ressaltar uma “mudança positiva” observada no país pelos visitantes, citando principalmente os turistas que vieram da América do Sul.

“A percepção do mundo mudou em relação à Rússia. Todo mundo que esteve aqui, milhares de pessoas que estiveram por todos os lados na Rússia, descobriram um belo país, hospitaleiro, orgulhoso de mostrar ao mundo que é extremamente rico em cultura e história. Milhares de pessoas gostaram da atmosfera calorosa do povo, e a percepção negativa que tinham da Rússia mudou depois dessa Copa. As pessoas viram o verdadeiro país”, afirmou, agradecendo ao presidente Vladimir Putin pela participação no evento. 

“A Rússia mudou”

O presidente da Fifa também falou do legado que a Copa deixará para o país e fez promessas de dar continuidade à evolução do futebol russo, que surpreendeu ao chegar às quartas de final.

“A Rússia, mudou. Tornou-se um verdadeiro país do futebol, onde o futebol não é apenas uma organização, mas faz parte do DNA. O legado é colocar a Rússia no topo entre as nações do futebol”, afirmou.

“A Fifa estará por trás, para assegurar que o futebol continue a viver depois da Copa”, acrescentou Infantino, que concedeu a coletiva de imprensa vestido com o uniforme dos voluntários.

Sobre a dominação do futebol europeu nesta Copa, o mandatário da Fifa justificou como resultado dos investimentos feitos pelos países. Ele lembrou que em outras edições, países sul-americanos terminaram como campeões e os resultados devem estimular outros países e continentes a investirem mais em treinamentos e na formação de atletas.

“A Croácia na final, um pequeno país, mas rico em cultura, mostra que o nível de qualidade aumentou para todos os lados”, exemplificou.

Vídeo de arbitragem e Neymar

Infantino fez também um balanço positivo da primeira Copa com a assistência da arbitragem de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Ele afirmou que essa evolução do futebol contribuiu para que não houvesse nesta Copa nenhum cartão vermelho distribuído a jogadores até o jogo da final. “Todos os jogadores sabem que qualquer movimento é registrado por dezenas de câmeras”, disse. “No futebol não vai mais haver gols de impedimento”, previu.

Sobre a polêmica envolvendo a atitude do camisa 10 do Brasil em campo, muito criticado por simulações de faltas e quedas, o presidente da Fifa começou a responder seriamente, fez uma pausa para gargalhar, e concluiu sua resposta.

“Ele é um grande jogador, é a primeira coisa. Ele é um verdadeiro talento. Quem me conhece sabe que diante de jogadores dotados, que nos fazem sonhar, não posso dizer nada negativo sobre eles e Neymar está no topo dessas lendas, no topo. Mas é claro (risos), ele nos mostrará muitos outros talentos no futuro”, completou.

Catar 2022

Infantino também confirmou que o próximo Mundial será realizado entre os dias 21 e 18 de dezembro de 2022, devido às condições climáticas no Catar, o país anfitrião. Todas as confederações já foram avisadas e terão que adaptar seus calendários de competições. Ele ainda deixou aberta a possibilidade de aumentar o número de participantes de 32 para 48 seleções já na Copa de 2022. Mas a decisão será tomada “tranquilamente”, em discussões com as autoridades do Catar.

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