“Equipe da Bélgica é a mais completa”, diz capitão da França
A seleção francesa fez nesta segunda-feira (9), na Arena Petersburgo, o último treino antes de enfrentar a Bélgica pela semifinal da Copa. Diante de um adversário com grandes qualidades técnicas e em plena confiança após ter eliminado o Brasil, o capitão francês, Hugo Lloris, advertiu: “vamos passar por momentos difíceis, vai ser preciso estar pronto para sofrer.”
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Depois da vitória sobre o Uruguai e a classificação para a semifinal, a seleção francesa mostrou que atingiu um outro nívelna competição, mas é consciente de que terá pela frente um adversário muito motivado em campo.
O capitão afirmou que os “Bleus” precisam ainda elevar seu nível para enfrentar os belgas, para dar sequência à evolução constatada nas oitavas e quartas de final.
“Temos consciência de que vamos enfrentar uma das melhores equipes ofensivas, com jogadores de muita qualidade. Será preciso ser sólido e a resposta terá que ser coletiva”, garantiu Lloris.
Segundo o goleiro, a equipe precisa estar muito estruturada para deixar poucos espaços para os adversários. “Eles estão em plena confiança depois do jogo contra o Japão e após a vitória contra o principal favorito desta competição, o Brasil. Será preciso uma seleção francesa excepcional para alcançar nosso objetivo”, acrescentou.
O goleiro expressou uma constatação: “A equipe belga é a mais completa do torneio, em todos os aspectos. Ela sabe muito bem defender, atacar, contra-atacar, no jogo aéreo e com a bola no chão. É uma grande equipe, com uma geração fantástica”.
Por isso, o goleiro preveniu que o sofrimento fará parte do jogo: “vamos passar momentos difíceis, vai ser preciso estar pronto para sofrer, mas nosso estado de espírito é irrepreensível desde o início da competição. Temos a oportunidade de marcar a história da França, mas sabemos que será difícil”, concluiu.
Deschamps mantém segredo
Na sequência, o treinador Didier Deschamps confirmou que a equipe que enfrentará a Bélgica já foi escalada, mas não quis revelar os nomes dos titulares.
Deschamps analisou a tática bem sucedida adotada pelo treinador da Bélgica, Roberto Martinez, contra o Brasil e garantiu que sua seleção estará pronta para enfrentar todo tipo de cenário. Ele também elogiou os pontos fortes dos “Diabos vermelhos”.
“A equipe belga tem uma ótima performance na transição da defesa para o ataque. É muito rápida e eles a fazem muito bem. Estou preparando meus jogadores para diversas situações, diferentes composições e diferentes táticas”, avisou.
Ele ainda destacou as características físicas dos adversários. “Sob o aspecto atlético, eles têm um potencial, impressionante pelo tamanho e pela potência. Faz parte das exigências do alto nível”, destacou.
O caso Thiery Henry
Ex-atacante francês, campeão do mundo em 1998, Thiery Henry foi um dos assuntos evocados durante a conferência de imprensa. Enfrentar como adversário um jogador que marcou a história dos “Bleus” como o maior artilheiro de toda a história da equipe, com 51 gols, não gera preocupação para Lloris, nem para Deschamps.
No entanto, o capitão admitiu um certo “desconforto” em vê-lo em outro banco de reservas. “É particular vê-lo com a equipe belga, mas é no âmbito de seu futuro como treinador, do aprendizado desta profissão. Acho que seu coração ficará dividido amanhã. Antes de tudo, ele é francês, ele vivenciou grandes momentos com a camisa da seleção francesa, maior artilheiro. Ele marcou a história dos 'Bleus'. Mas, profissionalmente, como o conhecemos e com toda a paixão que ele tem pelo futebol, ele estará com os belgas e dará o máximo para ajudar sua equipe”.
O treinador Deschamps lembrou do curto período em que conviveram na seleção francesa e felicitou a trajetória de Henry na equipe nacional. E não quis imaginar o que ele deve estar sentindo ao enfrentar seu país como adversário. “Tem que perguntar para ele. Ele sabia muito bem que ao assumir o cargo de assistente de Martinez, poderia acontecer. Sob o aspecto pessoal, será um grande prazer reencontrá-lo”, garantiu.
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