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Terceiro melhor da Fifa, Neymar é quebra-cabeça para PSG

Neymar ficou em terceiro lugar na eleição de melhor jogador do mundo da Fifa, realizada ontem em Londres, com apenas 7% dos votos de técnicos, capitães de seleções nacionais, jornalistas e torcedores. Mas para o Paris Saint-Germain (PSG), o atacante brasileiro é peça-chave para uma sonhada conquista da Liga dos Campeões.

O atacante Neymar, do PSG, durante cerimônia do Prêmio "The Best" da Fifa nesta segunda-feira (23), em Londres.
O atacante Neymar, do PSG, durante cerimônia do Prêmio "The Best" da Fifa nesta segunda-feira (23), em Londres. Glyn KIRK / AFP
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A cerimônia de entrega dos Prêmios "The Best" da Fifa coroou os favoritos. Pelo segundo ano consecutivo, o português Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo. O francês Zinedine Zidane foi consagrado como melhor técnico à frente do Real Madrid. Já o francês Olivier Girou conquistou o prêmio Puskas de gol mais bonito de 2017, depois de marcar ao estilo "escorpião" em uma partida do Arsenal contra o Crystal Palace em janeiro.

Segundo o jornal Le Parisien, ter o terceiro melhor jogador do mundo no Campeonato Francês é "um presente maior do que muitos torcedores poderiam sonhar". Mas a "estrela" também é sinônimo de quebra-cabeça para a diretoria do clube, para o técnico Unai Emery, para seus companheiros de equipe, adversários, árbitros e torcedores.

Vontade de ser Messi prejudica Neymar

As maiores queixas do técnico Emery contra Neymar são que o brasileiro segura demais a bola, quando tem o apoio de Kurzawa à esquerda e de Cavani na ponta. "A vontade de ser o Messi do PSG, com o mesmo rendimento que o argentino no Barcelona, pode desnaturar seu jogo", alerta Le Parisien, ressaltando que cabe ao treinador tirar o melhor aproveitamento de Neymar. Se ele defende, recupera, faz assistências e ataca, incorporar essas características excepcionais ao coletivo exige diplomacia e tempo.

Dez rodadas em Paris e 38 faltas sofridas em campo

A expulsão do camisa 10 no jogo de domingo contra o Olympique de Marselha (2-2) marcou os espíritos.

Em sua estreia no clássico francês, Neymar acabou perdendo a cabeça. Levou dois cartões amarelos num intervalo de três minutos. No primeiro, cometeu falta dura em Morgan Sanson. No segundo, sofreu falta de Lucas Ocampos e encarou o argentino, que se jogou no chão simulando uma agressão. Neymar ficou irritado com o juiz, que não o protegeu da marcação desleal dos rivais.

Para o ex-juiz Bruno Derrien, atualmente comentarista da rádio francesa RTL, as faltas não foram tão graves assim e "Neymar precisa aprender a se controlar". Já o colega de equipe Marco Verratti defende o brasileiro lembrando que os adversários do Barcelona são punidos com cartão amarelo na segunda falta contra Messi.

Em oito jogos no Campeonato Francês, Neymar já sofreu 38 faltas. Na carreira, acumula uma centena de cartões amarelos, um terço a mais do que Messi na mesma posição, sendo que o argentino é cinco anos mais velho do que ele. Nessa comparação, Neymar também perde para Messi.

Le Parisien questiona se é dever dos juízes proteger "os artistas". E a resposta tende para o lado positivo. Os juízes que apitam no Campeonato Francês terão de aprender a lidar e a proteger Neymar.

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