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Gustavo Kuerten é nomeado embaixador mundial do Hall of Fame

O tenista brasileiro Gustavo Kuerten foi nomeado na manhã desta quinta-feira (2), em Paris, embaixador mundial do Hall da Fama de tênis. Na cerimônia, realizada no complexo esportivo de Roland Garros, Guga falou que irá se dedicar a promover o esporte principalmente na Ásia e na América do Sul.

Gustavo Kuerten e Todd Martin, presidente do Hall of Fame, em Paris.
Gustavo Kuerten e Todd Martin, presidente do Hall of Fame, em Paris. RFI
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Tricampeão de Roland Garros (1997,2000 e 2001), Gustavo Kuerten foi escolhido para o cargo por ser um “atleta legendário com milhões de fãs ao redor do mundo há vários anos”, de acordo com as palavras do presidente do Hall da Fama, Todd Martin. “Ele tem um amor genuíno pelo nosso esporte, o desejo de vê-lo crescer e sua história preservada e celebrada”, acrescentou.

Hall of Fame / Divulgação

Guga, que entrou para o Hall da Fama do tênis em 2012, garantiu se sentir muito à vontade com as novas funções atribuídas pela instituição que tem sede em Newport, Estados Unidos, e foi criada em 1954 para promover o tênis e preservar sua história e legado ao redor do mundo. "Vai ser similar ao que eu já fazia, que é estar envolvido com o tênis no dia a dia, valorizando a história de tudo que aconteceu, as pessoas que fizeram as peças se encaixarem e montar esse cenário do tênis que é tão sedutor para o mundo inteiro", explicou.

"O tênis é visto ao redor do mundo todo com olhos de brilhantismo. Essa geração, com Federer, Nadal e Djokovic, hipnotizam o expectador, parece que é de outro planeta. Mas uma das tarefas é mostrar que não é de outro planeta, não nasce pronto, tem todo um processo para desenvolver um projeto campeão”, acrescentou durante entrevista à Radio França Internacional após o evento.

Orgulhoso com mais essa homenagem e reconhecimento de seu papel para o tênis, Guga pretende com esse novo desafio dar sua contribuição para valorizar o esporte que o projetou mundialmente.

“Tem inúmeras vertentes que o esporte e o tênis, em particular, pode introduzir nas pessoas de uma forma muito natural. Para nós, brasileiros, cai como uma luva. Vai sendo envolvido, aprendendo, entrando em desafios, metas e objetivos que são fundamentais para a vida. Transmitir isso é muito legítimo para mim porque sou apaixonado pelo que fiz, continuo muito dependente e tenho como uma missão transformar o tênis no Brasil. Então, tudo isso faz muito sentido. Vou continuar a trabalhar com tênis que é o que eu amo, e de uma forma natural, sorrindo, feliz. Acho que esse foi o ‘tempero’ que chamou atenção na minha carreira", afirma.

Regiões prioritárias para divulgar o tênis

Uma das missões de Guga será percorrer o mundo fazendo aparições especiais em torneios. "Estrategicamente tem a Ásia e a América do Sul, que são duas regiões que eles querem trabalhar com mais intensidade em divulgar. O fundamental é a continuidade. É fazer o trabalho do dia a dia. As aparições pontuais, que têm mais visibilidade, são mais simbólicas. Mas para mim, a maior satisfação é a hora em que estou com as crianças na escolinha, discutindo alguma coisa do tênis, ou seja, mexendo com os valores que o tênis proporciona", afirmou.

Durante a cerimônia no complexo de Roland Garros, comandada por Todd Martin, um vídeo foi exibido com os momentos marcantes da carreira do atleta, particulamente os troféus erguidos no saibro parisiense.
Na sequência, durante entrevista coletiva, Guga também foi questionado sobre diversos assuntos, entre eles, os preparativos do Brasil para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Guga disse entender a preocupação de muitos atletas com os problemas sanitários, em referência à epidemia do vírus zika. 

"É um problema muito sério que nós brasileiros estamos sofrendo. Não apenas pelo que é dito aqui fora, mas pelo próprio povo que sofre por causa desse problema, que diz respeito à falta de estrutura básica que não é oferecido pelos governantes", disse." O que não é correto é não assumir os riscos. Temos que encontrar uma solução. Os Jogos serão realizados no inverno, a incidência do mosquito deverá ser menor”, afirmou, em referência ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da zika e de outras doenças.

“O Brasil e o mundo todo sabem que há riscos. Pode escutar político dando certeza absoluta, mas tem coisas no Brasil que, infelizmente, não dá para ter garantia absoluta. Neste caso, a gente sofre com uma apreensão, com maior tensão. É imprevisível. Mas também sempre fui otimista, o esporte me fez assim.

Hall of Fame / DivulgaçãoR

Eu espero que tudo corra bem e vai funcionar legal. Na hora de resolver os problemas o brasileiro abraça muito a causa. Através da alegria, da energia, vai trazer um brilho diferente para os Jogos Olímpicos. Se tudo correr bem, e se não tiver problema de última hora, tende a ser Olimpíadas memoráveis", aposta.
 

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