Valcke é demitido da Fifa por corrupção
A Fifa demitiu nesta quarta-feira (13) o secretário-geral Jérôme Valcke. O francês é investigado por corrupção relacionada com a revenda de ingressos da Copa do Mundo do Brasil-2014.
Publicado em: Modificado em:
Valcke, ex-braço direito do presidente demissionário da Fifa, Joseph Blatter, foi afastado do cargo no dia 17 de setembro. O francês pode receber uma suspensão de nove anos de qualquer atividade relacionada ao futebol.
O francês pode receber uma suspensão de nove anos de qualquer atividade relacionada ao futebol. Além da suspensão, a justiça interna da Fifa solicitou uma multa de 100.000 francos suíços, cerca de R$ 398.000, contra o ex-número 2 da federação internacional.
O Comitê de Ética da Fifa determinou uma suspensão provisória de 90 dias em 8 de outubro. A medida foi prorrogada por 45 dias em 5 de janeiro. A suspensão continua em vigor e vai além do cargo de secretário-geral, pois proíbe a presença de Valcke em qualquer atividade relacionada com o futebol.
O francês é acusado de ter violado vários artigos do Código de Ética, como o que diz respeito ao conflito de interesses, oferecer ou aceitar presentes e outras vantagens, e a recusa a colaborar, segundo a Fifa.
Em um comunicado enviado à AFP, o advogado americano de Valcke, Harry Berke, protestou contra a decisão. "A justiça interna da Fifa optou por ignorar a conduta exemplar de Jérôme Valcke e suas contribuições extraordinárias durante seu longo mandato de secretário-geral", declarou o advogado.
Jornalista, Valcke foi afastado de sua função "até nova ordem" em 17 de setembro passado, depois que a imprensa inglesa revelou atitudes suspeitas. Os jornais britânicos denunciaram um esquema que teria permitido ao francês receber comissões por operações de revenda, no mercado negro, de milhares de ingressos da Copa do Mundo do Brasil-2014.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro