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Olimpíadas/Sochi

Espetáculo grandioso e polêmicas marcam início das Olimpíadas de Sochi

Os Jogos Olímpicos de Inverno serão inaugurados oficialmente nesta sexta-feira (7) com um espetáculo em Sochi que promete ser grandioso, à altura das ambições do presidente Valdimir Putin de tornar o evento uma vitrine da Rússia moderna. Mas a festa da cerimônia de abertura, boicotada por vários líderes mundiais, divide os holofotes com polêmicas em relação aos custos faraônicos, lei "antigay" e atrasos nas obras de infraestrutura para o evento.

Os Jogos Olímpicos de Inverno acontecem de 7 a 23 de fevereiro, em Sochi.
Os Jogos Olímpicos de Inverno acontecem de 7 a 23 de fevereiro, em Sochi. REUTERS/Fabrizio Bensch
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A cerimônia de abertura dos Jogos acontece às 20h14 minutos no horário local, 14h14 minutos em Brasília, e promete encher os olhos dos 40 mil espectadores presentes no estádio Fisht e de outros 2 bilhões de pessoas que devem acompanhar o espetáculo pela televisão.

Com gastos equivalentes a 120 bilhões de reais, essas Olimpíadas já são consideradas as mais caras da história. O presidente russo Vladimir Putin disse que cuidou pessoalmente de vários detalhes da organização desses jogos.

Mas, na noite desta sexta-feira, muitos chefes de Estado preferiram ficar bem longe da companhia de Putin. No total, 44 chefes de estado e de governo são esperados em Sochi para a cerimônia, entre eles o contestado presidente ucraniano Viktor Yanukovicht, que enfrenta uma grave crise política em seu país, e o chinês Xi Jinping.

Mas a ausência de "pesos pesados" da política mundial, como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico David Cameron, ofusca o brilho da festa. A recusa desses líderes em posar ao lado de Putin é vista como uma mensagem clara de repúdio à situação dos direitos humanos na Rússia.

O país aprovou em junho passado uma lei considerada "antigay" com eventuais punições para quem fizer propaganda da homossexualidade, o que provocou uma enxurrada de críticas. As Olimpíadas são marcadas por várias outras polêmicas. Além dos gastos exorbitantes, a preparação das Olimpíadas de Sochi teve muitas  denúncias de corrupção, de crimes ambientais na adaptação da cidade balneária às margens do Mar Negro para acolher modalidades esportivas e problemas de atrasos na entrega das instalações.

A segurança do evento é considerada sem precedentes, com mais de 37 mil policiais nas ruas para garantir a tranquilidade de atletas, dirigentes e visitantes. O governo russo reforçou o já excepcional esquema de segurança após as ameçadas de grupos extremistas de promover atentados terroristas durante o evento.

Vitrine

Para o presidente Vladimir Putin, essas Olimpíadas devem ser uma vitrine para mostrar uma Rússia moderna e dinâmica, 34 anos depois de o país ter sediado as Olimpíadas de Verão, em Moscou. Tudo foi mantido em segredo para a cerimônia de abertura que promete ser grandiosa e encantar o público durante 2 horas e meia.

Não deve haver economia de efeitos especiais e fogos. Com toda a pompa possível, o programa inclui desfiles por  três períodos históricos do país anfitrião: a Rússia Medieval, o Império Russo e o Século 20. Tudo pontuado com muita dança e música. Há expectativa para a presença do coral do Exército Vermelho que preparou uma versão da canção “Get Lucky”, sucesso mundial do grupo francês Daft Punk.

Na sequência, haverá o desfile das 97 delegações presentes em Sochi, entre elas a do Brasil. A porta-bandeira da delegação brasileira será Jaqueline Mourão, que disputa sua quinta olimpíada.

Delegação brasileira recorde

Apesar da pouca tradição em esportes de inverno, o país disputa os Jogos de Inverno com um número recorde de  13 atletas, inscritos em 7 modalidades.

As competições da 22ª Olimpíadas de Inverno já tiveram início nesta quinta-feira (6) com as provas de patinação artística no gelo. Até o dia 23 de fevereiro, mais de 6 mil atletas disputarão medalhas em 15 modalidades.

 

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