Leonardo pode pegar um ano de suspensão por agredir juiz
Ontem, o juiz francês Alexandre Castro foi agredido pelo ex-lateral esquerdo Leonardo, atual diretor de futebol do Paris Saint Germain. Revoltado com um cartão vermelho aplicado ao zagueiro brasileiro Thiago Silva no 1 a 1 entre PSG e Valenciennes, Leo deu uma ombrada no juiz, na entrada do vestiário.
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É verdade que nem se compara com a cotovelada que ele deu em Tab Ramos, naquele fatídico jogo das oitavas de final da Copa do Mundo de 1994, que terminou com três eliminações: dos Estados Unidos, que perderam por um a zero; de Ramos, que passou o resto da Copa num quarto de hospital reconstituindo o maxilar fraturado; e de Leonardo, que foi sumariamente excluído da competição.
Na época, o então craque do São Paulo se arrependeu. Foi ao hospital visitar o colega, pediu desculpas e reza a lenda que até chorou. Mas depois do "chega pra lá" no árbitro, ele fez o contrário: pôs lenha na fogueira. Declarou na coletiva de imprensa que "ele acompanha o jogo de longe, se deixa levar pela emoção, é tenso e perde o controle". E decretou: "autoridade se ganha com competência, não com cartões". Com 48 amarelos e cinco vermelhos em dez jogos, temos que concordar com o cartola que Castro não é exatamente comedido. Mas o Comissão de ética não gostou da declaração e vai estudar uma punição.
Essa é a ponta do iceberg: pela ombrada, Leonardo pode pegar um gancho de até um ano. É o que prevê o código disciplinar francês em casos de agressão contra a autoridade máxima em campo. Ou melhor, fora de campo. Se fosse dentro das quatro linhas, a punição não passaria de seis meses. Depois do jogo, há um agravante. E, embora o PSG argumente que agressão é um termo exagerado para o que aconteceu, a Comissão já deu a entender que é exatamente assim que vai julgar o caso.
No fim da tarde da segunda-feira, o dirigente se disse surpreso com toda a polêmica e garantiu que não agrediu o árbitro: "é verdade que eu estava esperando por ele depois do jogo. Mas, quando ele passou, o delegado do jogo entrou na minha frente e me deslocou em direção a ele. Eu encostei nele com as costas, eu vinha de costas! Ele nem teve a reação de alguém que é agredido", disse.
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